| Eveline Juswiak
Psicóloga – CRP 07/20725
No mês de setembro veiculou a campanha de combate ao suicídio, chamada “setembro amarelo”. Falar sobre esse assunto ainda é um tabu, mas também cada dia mais necessário.
A causa de tantos suicídios não é uma só, e depende muito da história de cada indivíduo. Mas nesse texto gostaria de falar sobre a falta de amor por si mesmo, chamada também de baixa autoestima.
Acontece que no mundo em que vivemos a autoestima está muito atrelada e baseada nos “sucessos” que alcançamos.
A autovalorização se baseia naquilo que pensamos que os outros vêem em nós, e para isso sempre preciso buscar me destacar diante das outras pessoas. A má notícia é que essa busca se torna falha, pois sempre encontraremos pessoas “melhores” que nós em alguma coisa. Sempre poderemos encontrar alguém mais bonito, alguém que desempenha melhor a nossa função profissional, um pai ou mãe melhores que nós…eu mesma, tenho certeza que existem muitas pessoas que escrevem artigos bem melhores que os meus.
E mesmo quando conseguimos uma autoestima elevada, ela pode voar pela janela na primeira falha que tivermos ou quando encontrarmos alguém mais popular nas redes sociais que nós. Como combater esse mal estar então? Atualmente diversos pesquisadores têm descoberto que a melhor maneira de nos sentirmos bem com nós mesmos, sem precisar dessas avaliações e comparações, chama-se autocompaixão.
Autocompaixão se baseia em ser gentil consigo mesmo, independente do resultado positivo ou negativo, pois não se baseia no resultado. Autocompaixão trata-se da forma como cuidamos nós mesmos. Entendo que o melhor caminho é ser compassivo e gentil com seus erros e sofrimentos, praticar a paciência e autoaceitação, e buscar aquilo que realmente faz a vida valer à pena.