Carlos Antônio Wilkens foi casado com Olívia Baptista Wilkens, com quem teve oito filhos e em maio de 1917 fixou residência, estabelecendo-se comercialmente em nosso município, próximo à ponte com um armazém de campanha. Logo expandiu sua firma, tornando-se conceituado. Além de comerciante, político e agropecuarista era humanitário e religioso, prestimoso dos que dele necessitavam. Junto à esposa Dona Olívia, empenhou-se em dirigir a construção da antiga Capela Nossa Senhora da Boa Viagem (1934), que na época teve como primeiro pároco o Padre Pedro Cônego Wagner. Wilkens. que também marcou história.
Com o sucesso nos negócios, o casal se tornou um dos maiores proprietários de áreas na cidade e foi pioneiro no aprimoramento da produção de gado leiteiro na região. O comerciante Wilkens também foi político e um grande loteador, trabalhou com lavouras, lançou engenhos com moenda de ferro para cana e também plantação de eucaliptos. O prédio onde estabeleceu seu Armazém é considerado por uma das construções mais importantes e históricas da cidade. Devido a isso, hoje situa a Casa de Cultura de Cachoeirinha. O centro de Cachoeirinha à época estava exatamente em seu entorno.
Em 1928 Carlos Wilkens foi nomeado delegado escolar pelo então governador Getúlio Vargas. Sempre comedido com seus atos, por mais de uma vez não aceitou o convite para o cargo de intendente, por entender que só aceitaria quando pudesse assumir esta função gratuitamente. No ano de 1956, a família de Wilkens doou para o município uma parte de terras para que se construísse uma escola, mais tarde denominada Carlos Antônio Wilkens. A escola inaugurou em 1959. Anos depois a esposa de Carlos Antônio Wilkens em viagem para Europa trouxe uma imagem de São Carlos Borromeu, que a partir de então se tornou o patrono da escola, que está localizada no bairro Veranópolis. Além da escola, o comerciante Carlos Wilkens também foi homenageado com o nome de um bairro.