Texto por | Denise de Oliveira | Foto | Divulgação
Dificuldade de aprendizado, hiperatividade, desatenção, agressividade e as temidas notas baixas no final do trimestre podem colocar a perder todo o ano letivo. Mas, qual a hora certa de buscar ajuda? As férias de julho estão chegando e talvez seja este o momento para reavaliar a atual situação do seu filho e pensar num método alternativo, que possa reverter em resultados positivos tanto para a criança, quanto para a família.
Desde que entrou na escola, aos cinco anos, os problemas para acompanhar as propostas pedagógicas da escola foram difíceis. Uma tortura para toda a família, que chegou a investir em professores particulares para agregar. Mas, no quarto ano do ensino fundamental, Jonathan Marques foi reprovado. Frustrados e desesperados peça busca de apoio, os pais recorreram a um psicopedagogo, que descobriu as altas habilidades do menino. Ainda que os dons o ajudassem na percepção fácil dos conteúdos, ficava muito tempo ocioso na sala e isso o perturbava. Para fazer o tempo passar rápido começou a não mais ficar sentado e a agitar também os colegas. As broncas constantes o levaram a apresentar quadros rotineiros de agressividade e hiperatividade. Inquieto, precisa ser desafiado, superado. Mas a percepção só veio com ajuda especializada. Hoje, ele é mais bem compreendido e estimulado da maneira adequada. O diagnóstico atual é só aprovação e com louvor.
Para a especialista em psicopedagogia clínica e institucional e com formação em pedagogia, Cristina Medeiros, é preciso ter um olhar além do problema diagnosticado na escola. È possível que o jovem esteja atravessando algum problema especifico e momentâneo, como a separação dos pais ou o nascimento de um irmão, por exemplo, o que muda completamente sua vida e ele terá um tipo de reação. Essa reação pode ser muito negativa para o seu processo de aprendizado e, dificilmente, será possível ajudá-lo de imediato sem uma investigação dirigida.
E nessa investigação que irá apontar as reais dificuldades específicas, se é resistência às situações desta aprendizagem ou não, conforme explica a psicopedagoga. Em alguns casos a criança pode ter dislexia (dificuldade na leitura e escrita), discalculia (matemática) e até mesmo ser portadora de alguma síndrome de difícil diagnóstico.
Ninguém é igual a ninguém, portanto é natural e esperado que o ritmo de aprendizado seja diferente para cada criança. Ao longo do ano, sempre aparecem defasagens entre os alunos: uns são mais rápidos, outros têm mais dificuldade. E é por isso que Cristina é contrária à imposição de rótulos e defende a testagem personalizada, que geralmente vem posterior ás queixas constante da escola, pais e pela própria fala do menor.
Atualmente, a especialista acompanha seus pacientes com as mais diversas necessidades e faixa etária, prova de que somos diferentes e temos necessidades impares. Cada sessão tem a duração de 45 minutos e a terapia pode ser por tempo determinado ou não. O tempo dependerá do desenvolvimento de casa indivíduo. “E preciso um olhar diferenciado para a criança ou adolescente que apresentar quadros de agressividade, sem motivo justificável, notas baixas e dificuldades de socialização”, alerta a Cristina Medeiros.