Texto por Denise de Oliveira Milbradt | Foto Divulgação
Os termômetros já estão subindo e a iminência do verão faz com que as pessoas – que sofrem de hiperidrose – fiquem ainda mais preocupadas. E não é para menos, elas são capazes de molhar a cama, transpirar pela cabeça e excessivamente em outras partes do corpo, aumentando o desconforto. É nessa época que precisam cuidar, ainda mais, dos seus hábitos alimentares, do que vestem e estar atento aos tratamentos.
Antes é preciso dizer que nem todo suor excessivo é considerado hiperidrose. Existem critérios clínicos para diagnosticar a doença. Uma pessoa que sua em demasia quando faz atividade física ou se expõe ao calor tem uma reação fisiológica. Já a pessoa com hiperidrose sua exageradamente, de maneira localizada e simétrica – duas mãos, dois pés, face – em condições não fisiológicas, como frio, ambientes climatizados, depois do banho, quando ataca o emociona e também no calor.
Segundo a Sociedade Internacional de Hiperidrose, cerca de 3% da população mundial sofre com o suor excessivo. A doença também pode agravar em momentos de tensão, interferindo diretamente no desempenho interpessoal do indivíduo, em apresentações de trabalhos, estudos e relacionamentos.
Já o tratamento dependerá da intensidade e desconforto do paciente. Existem os tratamentos clínicos – antitranspirantes, anticolinérgico e toxina botulínica. Quadros mais graves, porém, podem exigir intervenção cirúrgica. Nelas, ocorre a retirada das glândulas sudoríparas das axilas, ou de gânglios da cadeia simpática (simpatectomia).
Os pacientes portadores de hiperidrose possuem uma série de limitações e constrangimentos. Normalmente perdem grande parte de seu tempo escolhendo tipos e cores de roupas mais adequadas para dissimular o excesso de suor e o constrangimento e irritação com o problema é uma constante. Vários estudos mostram um comprometimento na qualidade de vida, relação interpessoal, profissional e familiar. O tratamento adequado deste problema aumenta a autoestima do paciente, tornando-o mais seguro e confiante.
Que roupa usar? O tecido da roupa influencia diretamente na respiração da pele. Por isso a escolha da roupa é muito importante para os dias mais quentes. Prefira tecidos naturais como seda, algodão, linho, viscose, cetim. Evite roupas justas e priorize roupas claras, que absorvem menos calor.
Tipos mais comuns – Hiperidrose Axilar: Hiperidrose Axilar: é um dos tipos mais comuns de hiperidrose. O suor é localizado nas axilas, manchando roupas e limitando o uso de certos tecidos e cores. Gera grande desconforto e pode estar ou não associado à bromidrose (mau odor).
Hiperidrose Plantar: este tipo é caracterizado por um suor nos pés. Para mulheres, o uso de sandálias, meias finas e certos tipos de sapatos se torna impossível. Já para homens há o incômodo das meias encharcadas. Em ambos os casos a pele úmida pode favorecer o aparecimento de micoses e mau cheiro.