Alguns hábitos como passar o dia inteiro sentado, não cuidar da alimentação e não praticar atividade física, podem prejudicar seu coração e, infelizmente, causar até a morte. Por ano, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% das mortes registradas no Brasil. As principais causas são o infarto, o AVC (Acidente Vascular Cerebral) e a morte súbita. Os principais cuidados com a saúde do coração estão diretamente relacionados a fatores comportamentais, hábitos que podem ser incorporados no nosso dia a dia e que não custam nada, a não ser determinação. Confira 6 dicas que lhe ajudarão a ter um coração mais saudável.
1. Cuide da alimentação
Evite frituras e o excesso de gordura saturada, açúcar e embutidos. Prefira gorduras chamadas “boas”, presentes no azeite, óleo de soja e milho e em seus derivados, como os cremes vegetais. Adicione ao cardápio frutas, legumes e verduras, pois são boas fontes de vitaminas, minerais e fibras. A aveia é uma ótima opção para ser incluída ao longo do dia, pois contém fibras solúveis que ajudam a diminuir a absorção do colesterol.
2. Mexa-se no trabalho
Ficar a maior parte do dia sentado engorda, faz mal para a coluna, dificulta a circulação, dá varizes e pode complicar a saúde do coração. A dica é levantar da cadeira a cada 40 minutos para ir até o bebedouro (evite deixar a garrafinha na mesa) e beber pelo menos 100 mililitros de água. Com isso, você dilui o sangue e reduz o risco de formação de trombos (coágulos de sangue na circulação sanguínea). Vá ao banheiro sempre que sentir vontade. Assim, você evita segurar o xixi por muito tempo, o que aumenta os batimentos cardíacos e a pressão arterial estressando o sistema cardiovascular. Você também pode aproveitar para esticar as pernas e estimular a circulação: “Em pé, suba e desça o calcanhar, apoiando-se na ponta dos dedos para estimular os músculos da panturrilha e melhorar o retorno do sangue para o coração. Repita por 30 segundos em cada lado, de manhã e à tarde”, sugere a cardiologista Janieire Alves.
3. Aposte na dieta mediterrânea
A ciência comprovou o que os especialistas defendem há anos: a dieta mediterrânea faz bem ao coração. Um cardápio rico em peixes (salmão, atum), azeite extravirgem, frutas frescas e castanhas, verduras e legumes – alimentos consumidos nos países banhados pelo Mar Mediterrâneo – reduz em 30% o risco de eventos cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral. A dieta também sugere o consumo moderado de queijos e vinho tinto. Esses e os outros itens acima são encontrados no Brasil, mas você pode substituí-los por opções mais acessíveis, sem comprometer os efeitos benéficos do cardápio original.
4. Modere no sal
Se você é fã de sopa e macarrão instantâneo, cuidado: eles têm muito sódio – substância que, em excesso, se torna inimiga do coração (e da barriga chapada). Então, modere o consumo e leia o rótulo, pois algumas marcas chegam a ter sete vezes mais sódio que outras. “Dois gramas desse tempero (o equivalente a uma colher de café) têm cerca de 400 miligramas de sódio (quase 1/5 da dose diária máxima para um adulto saudável)”, diz Roseli Rossi, nutricionista. Aderir ao sal light e ervas podem ajudar nessa missão.
5. Pratique atividade física e combata o colesterol alto
A alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos aeróbicos, pelo menos três vezes por semana, são medidas importantes para manter a saúde do coração. Além de ajudar na melhoria das condições do corpo, a realização de atividades físicas favorece a diminuição do colesterol ruim (LDL) e aumenta o nível do bom (HDL) no sangue.
6. Fuja do tabagismo
Fumantes correm 70% mais risco de sofrer um infarto em comparação com quem não fuma, porque o cigarro abre as portas do corpo para fatores de risco para a doença: promove o depósito de colesterol na parede das artérias e a oxidação dele (favorecendo a formação de coágulos que podem provocar ainda um derrame cerebral) e facilita a coagulação do sangue (dificultando a circulação). “Mais da metade dos pacientes com doenças coronárias é fumante”, aponta o cardiologista Ricardo Pavanello, do Hospital do Coração (HCor). Se você toma pílula anticoncepcional, então, o perigo aumenta. O estrogênio presente no remédio faz o sangue coagular mais rápido, aumentando os riscos de formação de trombos.