Profissionais de gerência que têm domínio da língua inglesa podem ganhar 59,74% mais que aqueles que não têm proficiência no idioma, no mesmo cargo – segundo a pesquisa salarial realizada pela Catho, respondida por 480 mil pessoas de 2 mil cidades brasileiras.
O nível hierárquico e escolaridade são fatores que influenciam muito a diferença porcentual de salário, mas também é evidente como o domínio do idioma é importante. Profissionais de nível júnior, pleno ou sênior que não falam inglês ganham a média de R$ 2,9 mil, valor que sobe até por volta de R$ 3,2 mil quando o nível de idioma é de básico a avançado, enquanto os fluentes podem ganhar por volta de R$ 3,7 mil.
“A globalização exige competências técnicas e comportamentais que enfrentem os desafios diários da multiplicidade de cultura e de idiomas. Ou seja, caso o profissional não tenha um segundo idioma, pode estar fora dos processos seletivos mais interessantes para sua carreira, inclusive em empresas nacionais”, garante a psicóloga mestre em Psicanálise e Recursos Humanos Lucia de Almeida, sócia na MSA Recursos Humanos.
Segundo a especialista, “o idioma fluente pode elevar em mais de 10% o salário de forma imediata, com maior possibilidade de crescimento na carreira”. Ela lembra que muitos profissionais não investem em outra língua, por acharem que o importante é a experiência e a formação. “Porém, quando o recrutador está diante de candidatos com o mesmo perfil, provavelmente o desempate será feito pelo nível do idioma”, salienta.
Segundo Luis Testa, diretor de marketing da Catho, a pesquisa comprova que falar um idioma estrangeiro é mais que uma necessidade técnica, é uma maneira de negociar uma remuneração diferenciada. Ele ainda afirmou que, se antes o inglês era um diferencial no currículo, hoje, é uma obrigatoriedade.