O ritmo lento da economia continua trazendo impacto para o mercado de trabalho. Em maio, o índice de desemprego na região metropolitana chegou a 7,8% devido ao fechamento de vagas no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas e também no setor de construção civil. O número de desempregados em maio foi de 148 mil pessoas, um aumento de 14 mil indivíduos em relação a abril.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED), divulgada pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). O número é reflexo de dois movimentos distintos: o fechamento de 12 mil vagas e a entrada de 2 mil pessoas no mercado de trabalho, principalmente jovens entre 16 e 24 anos e profissionais acima de 60.
Analista da Fundação de Economia e Estatística, Iracema Castelo Branco avalia que o desaquecimento da economia no último ano impactou o emprego de chefes de domicílio, obrigando outras pessoas da família a retornar ao mercado de trabalho. “A retração da atividade econômica em 2014 acabou não impactando tanto nos índices de desemprego porque muitas pessoas acabaram deixando o mercado de trabalho. Em 2015, com a economia ainda em ritmo lento e essas mesmas pessoas voltando a procurar ocupação, a taxa de desemprego começa a subir rapidamente”, explica.
Em 12 meses, o cenário também não é animador. A taxa de desemprego deu um salto de 6,2% para 7,8¨% entre maio de 2014 e maio de 2015. Um aumento de 34 mil desempregados em um ano. A construção civil foi a mais afetada com 11 mil vagas a menos, cerca de 9,2% do contingente empregado no setor. No comércio, a redução foi um pouco menos intensa: 7 mil vagas fechadas.
Comércio fecha 13 mil vagas em maio e desemprego chega a 7,8% na Região Metropolitana
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