Muito se tem falado de hábitos alimentares saudáveis, mas é preciso saber quais os que de fato lhe proporcionam níveis significativos de vitamina D. Um recente estudo publicado pela Universidade de Zurique, descobriu que duas porções de peixes gordos como salmão e a cavala, se consumidas todos os dias, podem fazer a diferença daqui alguns anos. Mas, para aumentar os níveis desta tão almejada vitamina, as pessoas também precisam de exposição solar para utilizar todo o potencial da vitamina e assim manter o funcionamento apropriado do corpo.
Este equívoco sobre a manutenção de níveis D através da dieta tem um grau de fundamento, já que a vitamina D não é uma vitamina autônoma. Para executar muitas funções, ela funciona em cooperação com outras vitaminas, como o magnésio, que pode ser encontrado em vegetais verdes folhosos como espinafre. Esta característica única de vitamina D tem contribuído para o gerenciamento de muitas doenças crônicas.
Há décadas, profissionais de saúde pensavam que essa vitamina sozinha seria suficiente para manter dentes e ossos saudáveis. Recentes avanços na ciência, no entanto, tem colocado essa vitamina no centro das atenções ao revelar seu papel multifacetado para o bom funcionamento do corpo humano e de sua capacidade de reduzir o risco de doenças não anteriormente associadas à ela.
Apesar das recentes revelações sobre o potencial da vitamina D, parece que nem todo mundo aprecia destas descobertas. O estilo de vida atual de trabalhar em ambientes fechados tem contribuído para o crescente número de casos de deficiência de vitamina D em todo o mundo. Isto é agravado pelo fato de que nem todo mundo está consciente de que ele ou ela pode ser deficiente de vitamina D.
Eu preciso consumir mais vitamina D?
A melhor maneira de descobrir a deficiência de vitamina D é fazer um teste de sangue que irá medir o nível da vitamina. Você pode pedir para o seu médico realizar o teste ou comprar um kit de teste caseiro para fazer você mesmo. No entanto, você certamente está deficiente de vitamina D se você tiver alguma das seguintes doenças e precisar consultar com seu médico a respeito da prevenção, bem como das opções curativas, logo que possível. Agora, faça o teste:
Gripe – em um estudo publicado no Jornal de Cambridge, descobriu-se que a deficiência de vitamina D predispõe as crianças a doenças respiratórias. Fraqueza muscular – de acordo com Michael F. Holick, um especialista em vitamina D, a fraqueza muscular geralmente é causada por deficiência de vitamina D porque para os músculos esqueléticos funcionarem adequadamente, seus receptores devem ser suportados pela vitamina D.
Psoríase – em um estudo publicado pelo UK PubMed central, descobriu-se que os análogos sintéticos de vitamina D são úteis no tratamento da psoríase.
Doença renal crônica – de acordo com Holick, pacientes com doenças renais crônica avançadas (especialmente aqueles que requerem diálise) são incapazes de produzir a forma ativa da vitamina D. Esses indivíduos precisam tomar 1,25-dihidroxivitamina D3 ou um dos seus análogos para apoiar o metabolismo do cálcio, diminuir os riscos de doenças ósseas ou renais e regular os níveis de paratormônio.
Diabetes – um estudo realizado na Finlândia foi destaque no Lancet.com em que 10.366 crianças receberam 2.000 unidades internacionais (UI)/dia de vitamina D durante o primeiro ano de vida. As crianças foram monitoradas por 31 anos e em todos eles, o risco de diabetes do tipo 1 foi reduzido em 80%.
Asma – vitamina D pode reduzir a gravidade dos ataques de asma. Pesquisas realizadas no Japão revelaram que os ataques de asma em crianças em idade escolar foram, significativamente, reduzidos naqueles indivíduos que tomaram suplemento diário da vitamina.
Doença periodontal – aqueles que sofrem desta doença crônica da gengiva que provoca inchaço e sangramento devem considerar aumentar seus níveis de vitamina D para a produção de defensinas e catelicidinas, compostos que contêm propriedades antimicrobiais e diminuem o número de bactérias na boca.
Doenças cardiovasculares – insuficiência cardíaca congestiva está associada com deficiência de vitamina D. Pesquisa realizada na Universidade de Harvard encontrou mulheres com níveis baixos de vitamina D, que tiveram um aumento de 67% no risco de desenvolverem hipertensão.
Esquizofrenia e depressão – estas doenças têm sido associadas a deficiência de vitamina D. Em um estudo, descobriu-se que manter suficiente o nível desta vitamina no organismo de mulheres grávidas e durante a infância era necessária para satisfazer o receptor de vitamina D em todo o cérebro para o seu desenvolvimento e manutenção da função mental na vida adulta.
Câncer – pesquisadores da Georgetown University Medical Center , em Washington DC descobriram uma ligação entre a ingestão elevada de vitamina D e risco reduzido de câncer de mama. Eles revelaram que o aumento de doses de vitamina do sol estava associado a uma redução de 75% do surgimento geral deste tipo de tumor. Interessante foi a capacidade da suplementação de vitamina no controle do desenvolvimento e crescimento do câncer de mama, especialmente o câncer estrogênio-sensível.