Texto por Denise de Oliveira Milbradt | Foto Divulgação
A contação de histórias é uma das habilidades que mais requerem imaginação e criatividade. Ela tem o poder de plantar no imaginário dos seus ouvintes o gosto por desvendar novas aventuras através dos livros. A leitura, por sua vez, eleva a expressividade oral e verbal e torna o cidadão mais humanizado.
Há 20 anos esse é um dos grandes propósitos de vida de Rosane Castro, que além de contadora de histórias, ainda é escritora, arte-educadora e produtora artística. Já publicou cinco obras, a última intitulada Batidas de Okàn rendeu-lhe a participação em vários eventos culturais pelo Estado. E em 2015 promete lançar duas obras direcionadas aos públicos infanto e juvenil.
Rosane conta que desde pequena gostava muito de ler e escrever. Aos oito anos recebeu seu primeiro reconhecimento na área literária, quando ganhou concurso realizado na sua escola. Fez teatro por dez anos e cursou licenciatura em Letras. Hoje, viaja ministrando cursos e palestras na área da narração de histórias. “Dedico-me integralmente a esse caminho. É uma escolha que só me dá alegrias, pois é mais que um trabalho, é uma maneira de ver e viver o mundo”, relata.
Os primeiros livros “A menina dos olhos verdes” e “Histórias ao pé do ouvido” foram publicadas em 2012, ambas pela Editora Giostri. Depois veio “Umas formigas” pela Editora Nova Castelo. O processo criativo, segundo ela, vem com o hábito da leitura. Mas a elaboração das histórias é complementada a partir de pesquisas históricas, dicionário, releitura de cada parágrafo elaborado. “Preciso ficar em silêncio, eu e minha voz. Depois leio para minha filha e amigos. Quando inicio uma história não paro de escrever até que eu entenda que ela está concluída. Portanto, fico horas escrevendo, escrevendo. Na maioria das vezes eu guardo a história e volto a ler meses, ou anos depois. Mudo algumas coisas, ou as descarto de vez”, frisa.