Texto por Rita Trindade
O segmento de seguros de pessoas, que inclui produtos como seguros de vida e acidentes pessoais, entre outras modalidades, movimentou R$ 2,3 bilhões em prêmios em novembro de 2014 (valor pago pelos segurados às seguradoras para contratar coberturas para seus riscos). O volume é 3,10% maior que o verificado no mesmo mês em 2013. Em novembro de 2014, as seguradoras pagaram R$ 584 milhões em indenizações a segurados e beneficiários. Os dados são da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), que representa 71 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar no país.
Segundo balanço da FenaPrevi, na análise por modalidade de produto, o seguro viagem registrou o maior crescimento relativo no mês de novembro: uma expansão de 63,65% e prêmios pagos por segurados de R$ 13,6 milhões. “O brasileiro está adotando o seguro viagem no planejamento de seus deslocamentos no Brasil e para o exterior, o que explica as altas taxas de crescimento desta modalidade de proteção”, destaca o presidente da FenaPrevi, Osvaldo do Nascimento.
O balanço da FenaPrevi mostra também que o seguro de vida foi o que obteve maior volume de prêmios pagos por segurados em novembro de 2014: foram R$ 921,6 milhões, representando crescimento de 4,20% em relação ao mesmo mês de 2013 (R$ 884,5 milhões). “O crescimento demonstra a preocupação dos indivíduos em garantir a manutenção do padrão de vida dos dependentes na ausência do responsável financeiro da família”, analisa Nascimento.
Outro seguro que teve uma variação significativa no período foi o seguro prestamista (que garante o pagamento de prestações no caso de perda de emprego, morte ou invalidez do segurado), o qual movimentou prêmios de R$ 677,2 milhões em novembro, expansão de 17,01% em relação a novembro de 2013 quando registrou R$ 578,8 milhões.
Balanço – Janeiro a Novembro De 2014
De janeiro a novembro o segmento acumulou R$24,8 bilhões em prêmios. O volume é 6,02% maior que o verificado na soma dos onze meses de 2013. No período, as seguradoras pagaram R$ 6,9 bilhões em indenizações a segurados e beneficiários, alta de 15,72% em comparação a janeiro/novembro de 2013. Ainda no acumulado, o seguro viagem também se destacou com expansão de 45,18% no volume de prêmios pagos por segurados e somou R$ 137,1 milhões. Outro seguro que teve bom desempenho no período foi o seguro prestamista, o qual movimentou prêmios de R$ 7 bilhões com alta de 9,25%. Já os prêmios pagos por segurados para seguros de acidentes pessoais, aquele que oferece coberturas em caso de morte e invalidez permanente (total ou parcial) em acidentes involuntários, foram de R$ 4,6 bilhões, com leve expansão de 3,86%.
Fatos que vão fazer você mudar de ideia sobre seguros de vida
Os seguros de vida não são tão populares quanto os seguros de carros, mas podem tirar a sua família – ou até você mesmo – de um aperto em um momento dramático. Segundo especialistas em seguros, uma série de mitos ainda afastam o brasileiro desse tipo de produto, uma vez que é difícil, para a maioria das pessoas, planejar a tão longo prazo, lidar com a possibilidade da própria morte ou até mesmo mensurar os reais benefícios do seguro de vida. Profissionais da área listaram alguns pontos importantes sobre seguros de vida. Confira a seguir:
O seguro de vida não é só para a morte
O seguro de vida não é só para a morte – é também para a morte. Mas hoje em dia os seguros de vida podem oferecer inúmeras coberturas, muitas das quais possibilitam o resgate dos recursos pelo titular ainda em vida. Os seguros de vida comumente trazem cobertura para outros eventos complicados, como invalidez temporária (que deixa o segurado um tempo sem trabalhar e, consequentemente, sem gerar renda) e invalidez permanente. Seguros que oferecem cobertura para doenças graves ou para doenças terminais, por exemplo, permitem o resgate de uma dada quantia caso o segurado passe por uma dessas situações. Neste caso, ele pode usar o dinheiro como bem entender, como custear viagens para se tratar ou providenciar recursos que o deixem mais confortável.
Você consegue fazer um seguro mesmo se tiver problemas de saúde ou fumar
Nesses casos você consegue sim fazer seguro. A dificuldade é que você pode não obter certas coberturas, ou algumas delas ficarão mais caras. Certas coberturas podem ser negadas no seguro de vida se a pessoa tiver alguma doença grave ou uma combinação de fatores de risco, como hipertensão, obesidade e pré-diabetes.
Seguro de vida não precisa ser caro
No caso de um seguro de vida, ser caro ou barato pode depender mais da necessidade do produto que de outros fatores (inclusive no quesito preço). Você pode precisar de um veículo para deixar recursos imediatamente acessíveis à sua família após a sua morte (e os seguros são vantajosos por não entrarem em inventário) ou ter filhos pequenos que precisem ter toda a sua educação custeada caso você venha a faltar. Seguros de vida podem ser desenhados para diferentes tamanhos de bolso. Além disso, há formas até de driblar os altos custos.