Composta por carboidratos (açúcares) complexos e diversos minerais, como o potássio, nitrogênio, cálcio, magnésio, fósforo e sódio, a romã é sinônimo de antioxidantes ao que se refere à sua composição nutricional. Além disso, também é rica em vitamina C, vitamina E e coenzima Q10. Alguns estudos científicos têm reportado que a administração da combinação de compostos bioativos aumenta sua efetividade pelo sinergismo entre os compostos. Como o fruto possui centenas de compostos diferentes, o consumo da fruta in natura é vantajoso, se comparado à ingestão de um composto específico.
Por ser uma excelente fonte de antioxidantes, o fruto destaca-se principalmente pelo papel de proteção cardiovascular, atividade neuroprotetora, efeito hipoglicêmico e propriedades anticancerígenas. Assim como tem importantes propriedades anti-inflamatórias e contra o envelhecimento (anti-aging), devido ao seu alto conteúdo antioxidante.
A romã tem sido muito utilizada como um remédio contra a disenteria, infecções microbianas e helmíntica, diarreia e patologias respiratórias. O sumo do fruto é considerado benéfico para o tratamento de cólicas, dor de cabeça, acne, dermatite alérgica e tratamento de doenças orais.
Há um número de estudos sobre romã e sua atividade antimicrobiana contra bactérias e vírus, com mecanismos de ação que incluem modificação do pH bacteriano e inibição do crescimento e sinalização de vírus, bem como redução da infecção e dano à estrutura viral. Porém, a aplicabilidade dos resultados na saúde humana é, principalmente, focada em doenças e infecções tópicas, como cavidade bucal ou pele. Em outros estudos, os elagitaninos presentes na romã apresentaram, também, uma atividade antifúngica.
Indicações
Anti-inflamatória – Diferentes preparações de romã, incluindo extratos de cascas, flores e sementes mostram uma atividade anti-inflamatória significativa no intestino, devido à inibição da expressão e secreção de vários mediadores inflamatórios. A romã também tem demonstrado efeito na inibição de processo inflamatório de artrite reumatoide e doença inflamatória óssea, por diferentes mecanismos, dentre eles a inibição de citocinas pró-inflamatórias.
Anticancerígena – Estudos sugerem que o consumo de romã pode retardar a progressão do câncer de próstata, o que pode prolongar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes. Isso porque seus componentes interferem em vários processos biológicos envolvidos no crescimento tumoral, angiogênese e metástase do câncer de próstata. O extrato da romã demonstrou ser eficaz, também, contra câncer de mama, pulmão, cólon e pele. No entanto, mais estudos controlados são necessários, de modo a padronizar as quantidades do extrato ou de sumo a serem consumidas, e se esse consumo poderá ser utilizado como terapia contra o câncer. Até o momento, essa fruta auxiliaria na prevenção desses tipos de câncer.