Texto e Fotos | Denise de Oliveira Milbradt |

O mês de outubro nos brinda com muitas datas importantes para toda a sociedade. Além do tradicional Dia das Crianças, dia 3 comemorou-se o Dia Mundial do Dentista e no dia 25 o do Cirurgião Dentista Brasileiro. O que poucos conhecem, no entanto, são as inúmeras vantagens para a vida dos pequenos que estes profissionais proporcionam. Aliás, ele pode fazer a diferença em toda a família. São muitas as demandas e os recursos tecnológicos em prol, principalmente, da saúde bucal preventiva e estética.

Lisiane Battastini é formada em Odontologia há 16 anos pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), mas a profissão fora escolhida aos 14 anos, quando passava por um tratamento ortodôntico. Entre uma ida e outra ao consultório do seu dentista para as rotineiras manutenções do aparelho, viu-se diante da paixão pela profissão. Ela lembra que a admiração pelo cirurgião fez toda a diferença e, anos depois de formada, encontrou-o em sala de aula, quando foi o seu professor na especialização de ortodontia.

De acordo com ela o mercado está mais acirrado nos últimos anos e é preciso ser mais do que um excelente profissional nos procedimentos técnicos, mas sim ter empatia com o paciente. “Gostar do que faz e pensar em fazer o bem para as pessoas pode ser um começo. Perceber as necessidades do cliente e oferecer as melhores opções, ainda que não seja o mais lucrativo. Aliás, quem visa o lucro está fadado a não sair do lugar”, relata.

Ética e humildade são outros pré-requisitos indispensáveis no dia a dia do exercício da profissão, segundo Lisiane. Ela admite-se uma pessoa extremamente feliz com a rotina do consultório e inquieta em relação ao seu aperfeiçoamento. Está, permanentemente, em busca de novos conhecimentos a partir da realização de cursos, participando de eventos da área. Além da especialização em Ortodontia pela Sobracid, ainda tem formação em Odontopediatra também pela Ulbra e já realizou diversos cursos na área de harmonização facial. O que lhe permite atender desde o bebê até o idoso, chegando a atender famílias inteiras e estreitando até relações.

Em virtude desta demanda e, pensando em atender ainda melhor a sua clientela, a dentista diz que vai ampliar o consultório depois de 16 anos no mesmo endereço. São melhorias de infraestrutura e de equipamento para continuar evoluindo profissionalmente e ser uma pessoa cada vez melhor. “Ser bom tecnicamente é obrigação, tem que gostar do que faz, ter empatia com o paciente e pensar em fazer sempre o seu melhor”, completa Lisiane Battastini.

Dra. Lisiane é especialista em ortodontia, odontopediatria e harmonização facial

Odontopediatria cria experiências positivas

O consultório odontológico é visto por muitas pessoas como um espaço negativo. Imagina para as crianças? Mas esta realidade está sendo desmistificada com a presença de profissionais altamente qualificados para esta finalidade. A dentista Lisiane Battastini explica que o ideal é que estas experiências sejam convertidas positivamente a partir de consultas preventivas e mais precoces. O ideal, segundo ela, é que se inicie já no pré-natal em função de muitos estudos apontem a probabilidade de partos prematuros em função de problemas odontológicos da mãe. Depois, o bebê deve ser acompanhado (antes mesmo do surgimento dos primeiros dentes) para a aquisição de bons hábitos, desde alimentares até de higiene envolvendo chupetas, por exemplo, e que possam comprometer a cavidade bucal.

Outro momento importante e que pode tornar-se um trauma para a criança, se ela não estiver sendo assistida anteriormente, é quando acontece a troca de dentes. Conforme Lisiane, o pequeno chega inseguro no consultório e é preciso conquistar a sua confiança antes de realizar qualquer tipo de procedimento. É quando faz uso de bichos de pelúcia coloridos para explicar todos os processos, de forma lúdica e divertida. A criança ainda ganha um escova dental e tem à disposição, além de livros e jogos pedagógicos, filmes e programas infantis para que se sinta confortável e à vontade para passar por qualquer etapa odontológica.

Chupetas – Passificador e o queridinho dos papais, as chupetas podem tornar-se um grande trauma na vida das crianças, quando chega a hora de tirá-las da sua rotina. A especialista recomenda que, se não for possível evitá-las na infância, que seja tirada até os dois anos de idade. Após, além de gerar grande sofrimento pela dependência emocional, pode comprometer a cavidade bucal, necessitando de correções no futuro, inclusive com aparelhos ortodônticos.

Mitos – Alguns anos atrás não era indicado o uso de cremes dentais com flúor para crianças antes do seu primeiro ano de vida. Hoje, porém, novos estudos apontam a necessidade do oferecimento do produto aliado ao processo de escovação desde o nascimento do primeiro dente. “Desde que haja o controle da quantidade diária saudável, mediante a orientação de um profissional”, frisa.

Ortodontia – O sonho do sorriso perfeito nunca esteve tão acessível e possível para todos os públicos. Atualmente a tecnologia é uma importante aliada, principalmente quando o assunto são aparelhos ortodônticos. O uso de alinhadores, como o Sistema Invisaling, podem ser utilizados como o tratamento de primeira escolha ou como um recurso auxiliar no tratamento ortodôntico convencional.

Harmonização facial – Outra área de atuação que está em grande ascensão, segundo Lisiane Battastini, é a harmonização facial, na qual engloba vários tipos de procedimentos faciais. Hoje os mais procurados na sua clínica são a toxina botulínica (Botox), preenchimentos faciais com ácido hialurônico, lipo de papada e bichectomia, que permite afinar a região da bochecha, deixando o rosto ainda mais fino. Ela, contudo, lamenta a briga de classes para a realização dos procedimentos. Para a especialista há campo de atuação para ambos os profissionais capacitados para atuar na área estética. Tanto é verdade, que acredita que para manter uma boa harmonização facial, a pele precisa estar bem tratada e muitas vezes só um dermatologista para dar este tipo de orientação. Assim como existem funções que só são compatíveis com um esteticista. “Cada paciente tem necessidades específicas, mas priorizo a sutileza, melhorando traços e regiões de maneira discreta e saudável”, pondera Lisiane.