| Professor Saul
Escritor, consultor e palestrante
Como é bom ter um amor. Recomendo a todos ter amantes, amores ardentes, daqueles que nos faz acordar no meio da madrugada felizes, com sorriso de orelha a orelha. E no outro dia, levantar disposto, com toda a coragem e energia para morder os desafios.
Uma vida sem amante não vale a pena. É como fel. Os dias sempre iguais, amargos, ruins. Madrugadas longas, embaladas pelo medo e aturdidas por aqueles que ficam abusando da nossa falta de excitação pelas coisas.
Não me refiro aqui ao amor entre duas pessoas. Não quero falar de beijos ardentes, sexo prazeroso, vida a dois, planejamento e construção de objetivos comuns. Esse casamento ideal não pertence a este texto. Infelizmente também, não faz parte de muitos enredos de vida.
O amor amante que me refiro é sobre coisas. Amor pelo trabalho, pela vida, pelas escolhas e até pelos erros. Amor para realizar e se realizar. Por se preocupar com a felicidade das pessoas e de tudo. Amantes do que fazem.
Tem muita gente que cultua desamores. Acordam cedo para ligar o piloto automático da vida e vão vivendo. Fazem coisas sem vontade de fazer. Cumprem as tabelas, atendendo o que tem que atender, mas tudo cinza, sem o colorido da emoção. Autodidatas do desprazer.
Daqueles que quando vão fazer uma massagem, ficam com a mão mole da preguiça. Que em uma aula, apequenam momentos mágicos de crescimento. Com um cliente, fazem sem vontade. O desamor acaba com tudo.
Tudo bem, todo mundo tem o direito de ser um pouco broxa de vez em quando, mas não dá para deixar o demônio do desânimo ditar as regras. Quando isso acontece, tem que firmar o pensamento, levantar a cabeça e injetar sangue. Não esquecer da missão.
A VIDA SEM AMANTE NÃO VALE A PENA. Amar o que faz, ter vontade de transformar, realizar, fazer diferença. Entregar aquilo que se compromete, com amor, paixão e tesão em tudo.