Texto | Denise de Oliveira Milbradt | Foto | Divulgação
Ainda que muitas pessoas já tenham sofrido com a paralisação total ou parcial do rosto, a doença que também é chamada de Paralisia de Bell, só ganhou os holofotes mundiais depois de a atriz americana Angelina Jolie ter admitido, durante entrevista, que recebeu o diagnóstico da doença. A paralisia é uma fraqueza que fragiliza o rosto e faz com que o paciente fique incapaz de piscar o olho, mover parte da boca e franzir a testa, por exemplo. Essa condição pode afetar qualquer pessoa de qualquer idade.
Além da assimetria do rosto, alguns pacientes revelam sofrer com uma discreta dor. De acordo com um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 90% dos brasileiros já contraíram o vírus da herpes, que permanece em estado latente até ser “ativado” por condições imunológicas desfavoráveis.
A causa exata da paralisia de Bell é desconhecida, mas acredita-se que seja o resultado de um inchaço ou inflamação do nervo que controla os músculos de um lado do rosto. Pode ser uma reação que ocorre depois de uma infecção viral.
Para a maioria das pessoas, a paralisia de Bell é temporária. Os sintomas geralmente começam a melhorar dentro de algumas semanas, com recuperação completa em cerca de seis meses. Um pequeno número de pessoas continua a ter sintomas de paralisia de alguns de Bell durante toda a vida. Raramente, a paralisia de Bell ocorre duas vezes na mesma pessoa.
A paralisia de Bell não é o resultado de um AVC ou um ataque isquêmico transitório (AIT). Apesar de essas doenças causarem paralisia facial, não há nenhuma ligação entre elas e a paralisia de Bell. Na dúvida, o diagnóstico pode ser confirmado via exame de eletromiografia. O risco de desenvolver a doença é maior em pessoas que tem diabetes, estão grávidas, tem alguma infecção renal ou uma predisposição genética ao problema.
Tratamento – Há várias formas de tratamento. Geralmente são utilizados corticoides injetáveis para controlar a inflamação e vitamina B12, além da medicação antiviral. Em alguns casos, também pode ser recomendado que o paciente seja submetido a sessões de fisioterapia ou de acupuntura para estimular as terminações nervosas do rosto.
Vírus associados à doença
-Herpes labial e herpes genital
-Varicela e herpes-zóster
-Mononucleose (Epstein-Barr)
-Infecções por citomegalovírus
-Doenças respiratórias por adenovírus
-Rubéola
-Papeira
-Gripe (influenza B)
-Síndrome mão-pé-boca.