No 1º trimestre de 2017 o número de novas empresas cresceu 6,6% em relação ao mesmo período de 2016, segundo levantamento da Boa Vista Serviços S/A, com abrangência nacional. Em relação ao 4º trimestre de 2016 houve aumento de 29,2%.
Na análise por classificação de forma jurídica, as MEIs (Microempreendedor Individual) continuam com papel de destaque. Na análise interanual do 1º trimestre de 2017, as MEIs aumentaram 12,3% em relação ao ano passado. Na mesma base de comparação, as MEs (Microempresas) subiram 2,9% enquanto as demais formas jurídicas recuaram 31,3%, respectivamente. Já em termos de representatividade, as MEIs aumentaram para 74% das novas empresas, enquanto as MEs aumentaram 1,1% totalizando 17,6% enquanto as demais categorias perderam representatividade em igual magnitude (alcançando 8,5%).
O setor de Serviços perdeu um pouco da representatividade, passando de 56,6% no acumulado do 1º trimestre de 2016 para atuais 55,2%. O Comércio, por sua vez, voltou a ganhar espaço, ao passar de 32,4% para 34,6% do total.
Mais de 1 milhão só em 2016
Um levantamento feito pela Serasa Experian mostrou que no ano passado 1.702.958 novas empresas foram criadas no Brasil. O resultado foi considerado o maior do período desde 2010. O número recorde de criação de novas empresas aconteceu devido ao chamado empreendedorismo de necessidade, consequência do alto desemprego e das dificuldades econômicas em que o País se encontra. De acordo com a Serasa, já é possível notar o resultado oposto, uma vez que a desaceleração na criação de novos negócios está cada vez mais notável.
O nascimento de empresas individuais caiu 21,1%, resultando na criação de apenas 113.237 novos negócios, considerada essa a maior queda entre as naturezas jurídicas. Em contrapartida, o nascimento de novos negócios de outras naturezas aumentou 9,1%, com 97.165 criações nos primeiros10 meses do ano passado. Considerado o mais procurado para quem quer empreender, o setor de serviços registrou o surgimento de 1.068.965, equivalente a 62,8% do resultado total. Em seguida estão as empresas comerciais, com 28,6% e cerca de 487.142 empresas criadas. E por fim o setor industrial, que originou 142.011 novos negócios, detendo 8,3% do resultado total.