Texto | Davi Pacheco
Entre escolhas e oportunidades se constrói a vida profissional. O caminho para as mulheres é geralmente mais árduo, ainda mais em postos de trabalhos ocupados em sua maior parte por homens. Mas a garra e força feminina vêm superando os obstáculos e ocupando com êxito e sucesso as mais variadas funções. A coragem, fibra e desenvoltura de Silvana, Tatiana, Sônia e Neudi são quatro belíssimos exemplos de que as mulheres podem e devem fazer o que elas quiserem:
Empresárias
Silvana Sábio e Tatiana Cavalheiro fazem parte do grupo de 8% das mulheres que empreendem no Brasil. Amigas há anos, desde quatro de setembro de 2015 decidiram adicionar mais um ingrediente a essa grande amizade: um restaurante. Proprietárias do Dom Divino, localizado na primeira quadra da Rua Major Antônio Silveira de Lima, paralela à Av. Flores da Cunha na parada 50, as sócias administram seu negócio com zelo, carinho e atenção, cuidando minuciosamente de todos os detalhes de um jeito encantador.
Motorista
Não se sabe ao certo, mas um dos primeiros registros de uma mulher motorista de ônibus urbano no Brasil foi com Talita Moreti Ferreira, no ano de 1973 em Vitória/ES. De lá para cá, as mulheres vem aos poucos conquistando esse espaço que ainda hoje é majoritariamente masculino. É o que faz Sônia Teresinha de Oliveira, de 52 anos, que há oito anos dirige profissionalmente. A motorista que começou em uma empresa de Parobé e depois foi para Capão da Canoa, hoje trabalha na Stadtbus em Cachoeirinha e dirige atualmente o micro-ônibus rosa, pintado justamente em alusão à mulher. A motorista revela que embora haja alguns estranhamentos, a recepção do público é em geral extremamente positiva. Isso junto ao reconhecimento da empresa serve de combustível para que Sônia siga pelas estradas da vida fazendo o que mais gosta: dirigir.
Gari
Responsável pela higiene, limpeza e organização dos espaços públicos da segunda via mais movimentada do Estado, Neudi Maria Berft de 51 anos relata com orgulho e alegria as histórias vividas em seus 10 anos como gari na Avenida Flores da Cunha, em Cachoeirinha. A única reclamação de Neudi é o intenso calor no verão, nem mesmo o frio e a chuva tiram seu ânimo e o sorriso de seu rosto. “O sol castiga muito, mas tirando isso eu gosto muito do meu trabalho, principalmente pelo carisma e o carinho das pessoas”, comenta. Atualmente trabalha nas calçadas da Avenida até a parada 49, na famosa rua dos bancos, e em meio ao trajeto Neudi conquista e cativa amizades com seu contagiante alto astral.