| Rosane Castro
Contadora de histórias e escritora
No dia 20 de março celebramos o Dia Internacional do Contador de Histórias. Em todos os lugares do mundo haverá atividades alusivas neste dia. Mas, histórias são narradas todos os dias, portanto, o dia do contador de histórias acontece durante todos os dias do ano, em todos os lugares e por muitas pessoas.
É uma dádiva poder contar e ouvir histórias. Arrisco-me a dizer que o contador de histórias é o mantenedor da cultura e tradição de um povo, de uma comunidade ou de uma família. A sua função social é importantíssima: manter viva a chama da fé, da esperança e do amor. Não por causa de histórias contadas que carregam essa temática, mas porque nos transformamos à medida que vamos permitindo aflorar nossa imaginação e nossa criatividade.
Muitos conhecimentos são transmitidos através das histórias. Por este motivo, o narrador de histórias ocupa espaços diversificados e atende um público sem idade, pois todos nós necessitamos passar por este aprendizado da linguagem.
O ofício do narrador é contar. O seu instrumento é a palavra. O contador oral de histórias trabalha com a arte da palavra.
E por que ouvir histórias?
Porque é uma necessidade humana.
“O narrador, para melhor instrumentalizar as palavras, domina, mesmo que inconscientemente, boa parte das figuras de linguagem, de sintaxe e de pensamento, possibilitando ao contador, antigamente uma pessoa mais velha e sábia, magnetizar seus ouvintes, despertando no ambiente o poder da imaginação, tecida com uma linguagem encantada, apta a transportar as pessoas para reinos distantes e, de outra forma, inacessíveis”.
Ana Lucia Santana
Convido a todos, para neste dia, contarem uma história. Pode ser em casa para um filho, pai ou avô. Pode ser na escola para sua turma de alunos ou para a merendeira. Pode ser no trabalho para os colegas ou para o porteiro do prédio. Pode ser para o namorado ou na igreja, durante o casamento. O importante é que as histórias tomem forma, ganhem vida e se espalhem pelo mundo.