Desde 1º de janeiro, os consumidores atendidos em baixa tensão e com média de consumo superior a 250 KWh por mês já podem aderir à tarifa branca, um regime de preços que pode garantir economia na conta de luz. A medida, criada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para desafogar o sistema elétrico e tornar a rede mais eficiente, oferece luz mais barata àqueles que a consumirem fora do horário de pico, quando o uso é mais intenso. A tarifa é opcional e cabe ao consumidor escolher se adere à mudança.
O regime tarifário vigora no Brasil desde o início de 2018, mas só estava disponível para quem consumia uma média anual mensal de 500 kwh ou mais. A partir de 2020 quase todos os brasileiros poderão aderir. Confira abaixo os detalhes sobre a tarifa e se ela vale a pena.
Vale a pena a adesão?
A resposta vai depender dos hábitos de consumo de cada consumidor. Se uma família utiliza mais energia no período da manhã e da tarde, por exemplo, a tarifa branca pode ser uma boa alternativa, pois não coincide com o horário de pico. Algumas concessionárias disponibilizam em seus sites simuladores para que os consumidores confiram se a tarifa é benéfica. Além disso, os usuários podem fazer testes para verificar se o sistema vale a pena.
Caso desejar retornar ao sistema convencional, a concessionária deverá restabelecê-lo em até 30 dias. Todavia, a conta pode subir bastante, se o consumo não for gerenciado. O valor no final do mês pode ficar até 83% mais caro.
Quem pode aderir?
A tarifa está sendo disponibilizada de forma gradual. Em 2018, a alternativa estava disponível para quem consumia 500 kwh por mês ou mais, considerando a média dos últimos 12 meses – geralmente, são pequenos comércios, indústrias e casas grandes, que consomem muita energia – e para domicílios novos, que não contam com ligações elétricas.
Em 2019, o sistema passou a valer para quem consome de 250 a 500 kWh por mês, considerando a média dos últimos 12 meses. Esse grupo é representado por comércios e indústrias menores do que os estabelecimentos incluídos anteriormente.
Já em 2020, a medida estará disponível para a maioria dos brasileiros, que têm consumo anual médio entre 150 e 200 kWh por mês. Os dados sobre consumo podem ser verificados na conta de luz do consumidor. Vale lembrar que a tarifa não é válida para a população que paga tarifa social – pessoas de baixa renda que já pagam uma tarifa menor e não economizariam com o sistema – e indústrias de grande porte.
Como faço para aderir?
O consumidor que optar pela tarifa branca deve procurar a concessionária de energia de sua região por telefone ou em um posto de atendimento. A empresa tem 30 dias para instalar, gratuitamente, o aparelho que mede o consumo nas diferentes faixas de horário. Caso o usuário já tenha aderido, desistiu, e pretende retornar ao sistema, o prazo será de 180 dias.