Texto por Denise de Oliveira Milbradt | Fotos Divulgação
A síndrome do piriforme é um conjunto de sintomas causados pela inflamação desse pequeno músculo localizado entre os glúteos. A dor pode atingir o nervo ciático e até a parte inferior das costas, causando desconforto e até debilitando movimentos.
Permanecer longos períodos na mesma posição, forçar demais essa região do corpo e praticar exercícios de forma errada são hábitos capazes de provocar a síndrome.
Caso tenha ficado na dúvida se é vítima desta síndrome, saiba que o piriforme é um músculo que fica localizado entre a base da espinha e o topo do fêmur, posicionado de forma diagonal atrás do glúteo máximo. Ele é responsável pela rotação dos quadris e fica envolto pelo nervo ciático.
Ao receber estímulos em excesso surge a síndrome do piriforme: o músculo fica rígido, inchado ou tem espasmos involuntários. Por ficar tão próximo do nervo ciático, qualquer alteração muscular nesse local causa irritação e dor.
Os maiores causadores da doença são distúrbios e má formação da coluna, quadris ou pernas, fazendo com que o corpo compense alguns movimentos. Essa compensação pode levar o piriforme à exaustão. Contusões e outros traumas também podem provocar o início da síndrome.
Concentrada no bumbum, a dor irradia para a lombar e também ao longo da parte traseira das pernas, por onde percorre o ciático. O local onde está o músculo pode ficar dormente e atividades como correr ou subir escadas tendem a piorar a sensação.
A Associação Americana de Osteopatia afirma que a síndrome é mais frequente entre pessoas com idade superior aos 40 anos. O problema também afeta mais mulheres do que homens, já que elas têm um ângulo mais amplo de rotação do quadril.
A síndrome do piriforme é muitas vezes confundida com doenças de coluna que também causam problemas no ciático. O diagnóstico correto é muito importante para que o tratamento seja eficiente em aliviar os sintomas.
O tratamento pode ser feito com medicamentos como anti-inflamatório e relaxante muscular, fisioterapia e manipulação osteopática. Em alguns casos é recomendadoum procedimento cirúrgico para aliviar a pressão no nervo.
Previna-se da Dor
Quando a síndrome é provocada por problemas na estrutura do corpo, corrigir essa situação pode acabar com a dor e ainda prevenir o desenvolvimento da síndrome do piriforme em casos onde as chances são maiores. O reforço muscular da região das pernas e glúteos é importante para que todos os músculos trabalhem juntos de forma eficiente, evitando que o piriforme seja prejudicado. Evitar atividades que forcem muito essa região também é garantia de ficar longe de problemas.
Ficar muito tempo sentado, praticar exercícios de maneira errada e um estilo de vida sedentário contribuem para o aparecimento de diversos problemas no corpo, inclusive o estresse no piriforme. O equilíbrio entre atividades físicas moderadas e cuidados específicos podem evitar a doença.
Tratamento
– Corrigir a postura e gestos do corredor, que favorecem a tensão do músculo piriforme. Caso não atenue a dor, recorrer à fisioterapia, com exercícios
de alongamento de toda a região da cintura pélvica e reequilíbrio muscular por meio de exercícios do core.
– Infiltrar o músculo piriforme (com anestésicos e medicamentos), guiado por ultrassom ou tomografia.
– Repousar. A regeneração do nervo ciático é lenta (de quatro a seis meses), principalmente nos corredores que insistem em correr por meses com dor.
– A opção cirúrgica é pouco recomendada. Em geral, o tratamento conservador cura a lesão.
Sintomas
– Dor profunda e contínua localizada na região lombar e na glútea, na superfície posterior do quadril ou irradiada pelo nervo ciático ao longo do corpo.
– Formigamentos nas coxas ou dor irradiada pelos membros inferiores.
– Incapacidade de ficar sentado numa mesma posição.
– Dor noturna.