No início era a vermelhidão. Logo depois, vieram a coceira e a sensação de que os olhos estavam cheios de areia. Um vento mais forte, ao bater no rosto, parecia empurrar estilhaços de vidro para dentro do globo ocular. Como se não bastasse, de repente a vista começou a sofrer com qualquer fonte de luz. Foi então que Cleivânia Lima de Almeida, hoje com 44 anos, descobriu ser portadora da síndrome da disfunção lacrimal.
Também chamada de síndrome do olho seco, ela é provocada por alterações na composição ou produção das lágrimas que prejudicam a lubrificação da área. Os sintomas aparecem em pessoas que, por várias razões, fabricam lágrimas com gordura de mais ou de menos. Isso propicia a dissipação desse líquido, deixando os olhos na secura. É comum a pessoa acordar bem e sentir os desconfortos se agravarem ao longo do dia.
Entenda: a lágrima não é água salgada. Ela tem mais ou menos 100 componentes essenciais para a limpeza e a defesa contra micro-organismos. Em uma gotícula, essas moléculas são distribuídas em três camadas: muco, água e gordura. Quando você pisca, elas se misturam e evitam uma evaporação rápida demais. A qualquer sintoma da síndrome, procure um oftalmologista o mais rápido possível e inicie o tratamento adequado.