RS decreta estado de emergência em saúde animal após caso de gripe aviária; Cachoeirinha e Gravataí estão entre os municípios com restrições
O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de emergência em saúde animal por 60 dias após a confirmação de um foco de gripe aviária do tipo H5N1 em uma granja em Montenegro, no Vale do Caí. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado no sábado (17).
A medida abrange municípios da Região Metropolitana, incluindo Gravataí e Cachoeirinha, além de Triunfo, Capela de Santana, Nova Santa Rita, Esteio, Canoas, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Portão.
Com o decreto, o Estado pode agilizar processos administrativos e jurídicos para compra de equipamentos e insumos ou para acessar recursos de combate à doença.
Na sexta-feira (16), o Ministério da Agricultura e Pecuária já havia decretado estado de emergência zoossanitária em nível federal, também por 60 dias. O foco confirmado no Rio Grande do Sul é o primeiro em aves comerciais no Brasil.
A granja onde o vírus foi detectado pertence à cadeia de fornecimento da empresa Vibra Foods, em Montenegro. Na sexta-feira, materiais como bandejas de ovos foram destruídos. Também foram registradas mortes de aves silvestres no Zoológico de Sapucaia do Sul, onde 90 das 500 aves aquáticas, como cisnes e patos, morreram.
Em resposta, o governo estadual iniciou uma série de ações, como o isolamento da área afetada, eliminação das aves remanescentes, desinfecção da granja e vistoria em todas as propriedades rurais em um raio de 10 quilômetros. Sete barreiras sanitárias foram montadas: seis de desinfecção e uma de bloqueio. O Zoológico de Sapucaia do Sul foi fechado por tempo indeterminado. Torneios e eventos de aves estão suspensos em todo o Estado.
Perguntas e respostas sobre a gripe aviária
1. Há risco de contaminação para humanos?
O risco é considerado baixo e geralmente ocorre entre pessoas que têm contato direto com aves infectadas. A doença não é transmitida por alimentos bem cozidos.
2. Outros animais podem ser contaminados?
Sim. Embora afete principalmente aves, o vírus também pode infectar mamíferos.
3. É seguro consumir carne e ovos de aves?
Sim. A doença foi identificada em uma granja de reprodução e não há restrição ao consumo de carne ou ovos, desde que estejam bem cozidos e armazenados corretamente.
4. A vacina contra a gripe comum protege contra a gripe aviária?
Não. A vacina da gripe sazonal é diferente e não protege contra o vírus H5N1.
5. O que fazer ao encontrar aves doentes ou mortas?
Não toque nos animais e mantenha distância. Comunique imediatamente à Inspetoria de Defesa Agropecuária ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.
6. Quais cuidados devem ter profissionais que lidam com aves?
Devem usar equipamentos de proteção (luvas, máscaras e roupas específicas) e seguir protocolos de biossegurança.
7. Quais os sintomas da gripe aviária nas aves?
Alta mortalidade, dificuldades respiratórias, torcicolo, falta de coordenação, crista roxa, secreções, espirros e diarreia.
8. O que fazer em caso de suspeita de contaminação?
Relatar imediatamente à Secretaria da Agricultura ou pelo canal de notificação (WhatsApp: 51 98445-2033).
9. Quais ações estão sendo adotadas pelo governo?
Isolamento da granja, eliminação de aves, desinfecção, fiscalização em propriedades rurais próximas, instalação de barreiras sanitárias, suspensão de eventos e fechamento do zoológico.