Todos nós já consumimos e descartamos algum aparelho eletrônico em nossas vidas: computadores, periféricos, aparelhos MP3, consoles de videogame, celular, entre outros. E o pior de tudo, somos induzidos o tempo todo a comprarmos um modelo novo, pois o lançamento é muito mais rápido, leve e bonito. O aparelho antigo ficará naquele cantinho da garagem, já que de acordo com as nossas necessidades esse equipamento se tornou obsoleto.
Quando ele (o parelho antigo) fica no cantinho da garagem ou na caixa no guardaroupa, tudo bem. O problema começa no momento que, simplesmente colocamos no lixo comum de nossas casas esse vulgo aparelho velho.
Agora questiono você: para onde ele (o equipamento) vai? Qual seria o destino correto? O homem dos próximos séculos será um reciclador compulsivo. Não teremos outra alternativa a não ser reciclar e reutilizar.
No mês de novembro de 2012, na cidade de São Leopoldo/RS, o cientista-chefe da IBM no Brasil, Fábio Gandour em sua palestra intitulada “O que do amanhã já se pode saber hoje” alertou sobre falta de água que o planeta sofrerá em um futuro muito breve. Assim, se dividirmos o número de átomos que compõem a Terra pela população, e sabendo que essa população somente cresce, teremos falta de dois elementos de extrema importância: hidrogênio e oxigênio, ou seja, água. Dessa forma, fica a importante mensagem a todos nós de que “vai faltar água”. Sabemos que a água é essencial para a sobrevivência do homem, e sabemos também que para industrializar qualquer produto eletroeletrônico necessitamos de quantidades enormes dessa fonte. Um fator que influencia e explica a escassez, não só da água, mas de tantas outras substâncias que atualmente compõem todo material eletroeletrônico face à sustentabilidade é quando somos consumidos por um egocentrismo. Padrões globais de produção e consumo causam uma crescente devastação ambiental, reduzem recursos naturais e extinguem espécies. O que agrava a situação frente à natureza, como um todo, é o fato de queremos nos colocar fora desse contexto, como se o ser humano não fosse arte integrante de um grande sistema heterogêneo, entretanto, cíclico. Devemos lembrar que o homem não vive sem a natureza, mas a natureza vive sem o homem.
Agora, antes de jogar o seu computador velho na lata de lixo, você tem duas opções: reutilizar ou reciclar. Se o aparelho estiver funcionando normalmente, reutilizá-lo é a melhor opção. Reformar é melhor para o meio ambiente do que reciclar. Reciclar usa energia, e quanto mais você conseguir manter as partes não recicláveis longe dos aterros sanitários, melhor. Você pode doar um aparelho eletrônico que esteja funcionando normalmente para ser reutilizado de várias maneiras.
Caro leitor, existe a lei nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010, que institui a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) regulamenta as responsabilidades dos geradores e do poder público. Nesse sentido, a Facensa, procurando uma solução ecologicamente viável e responsável, firmou uma parceria com a empresa Trade Recycle, com o objetivo de criar uma cultura sustentável nos alunos e familiares dos mesmos para que se dê o destino correto dos resíduos eletroeletrônicos, e assim é, atualmente, um ponto permanente de coleta dos equipamentos eletroeletrônicos, na rua Dr. Luiz Bastos do Prado, nº 2122, Centro, Gravataí.
Mesmo sendo uma lei abrangente, o fundamental é a conscientização da importância da reciclagem e do reaproveitamento dos resíduos sólidos em nossa sociedade. Não teremos outro caminho a trilhar, não podemos e não teremos alternativa em um futuro muito próximo a não ser a reciclagem compulsiva. O que move as pessoas e a sociedade são os sonhos e os esforços para traduzi-los em realidade. Não há desenvolvimento sustentável sem a conscientização e a mudança de atitudes. Reciclar e reutilizar é preciso, e urgente!