Promovida pela Associação Pais e Amor, palestra com Shana Müller abordou os desafios da maternidade atípica e a importância da inclusão
Na última quarta-feira (19), a Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Cachoeirinha (Pais e Amor) recebeu a cantora e jornalista Shana Müller para uma palestra sobre inclusão e diversidade. Com o tema “Todos somos diferentes”, o evento foi realizado na sede da entidade, que completou um ano em fevereiro, e teve o objetivo de aproximar a comunidade do espaço.
Antes da palestra, a presidente da associação, Cátia Medeiros, compartilhou sua experiência como mãe de um homem autista e destacou o papel da entidade na evolução de seu filho. “Quando se fala do autista, se foca bastante nas crianças, porém esquecem que essas crianças crescem e viram adultas. Meu filho já é adulto e aqui tem a possibilidade de evoluir e aprender todos os dias”, afirmou. Cátia também apresentou a história da entidade, que começou suas atividades em locais cedidos, como CTGs, igrejas e praças, até conquistar um terreno próprio em 2017 e construir a sede atual em 2024.
Durante o evento, os participantes puderam conhecer as instalações da associação acompanhados por voluntários. Atualmente, quase 100% das pessoas envolvidas com a entidade são voluntárias e foram homenageadas durante o evento com uma salva de palmas.
Shana Müller iniciou sua palestra cantando a música “Tocando em Frente”, composta por Almir Sater e Renato Teixeira, emocionando o público. Em seguida, compartilhou sua vivência como mãe de uma criança autista e abordou desafios e aprendizados relacionados à inclusão. Shana também destacou a importância da empatia para ampliar a compreensão sobre as diferenças.
“Muito feliz de estar aqui na Associação Pais e Amor conhecendo esse trabalho incrível feito aqui em Cachoeirinha, comandado por essas mães e suas vivências, compartilhando os aprendizados e também as oportunidades”, ressaltou.
Atualmente, a Pais e Amor atende mais de 480 beneficiários, sendo que 80% pertencem a famílias com renda entre um e dois salários mínimos. Desde 2024, oferece mais de dez projetos nas áreas esportiva, cultural e profissionalizante. A sede também abriga o Centro de Atendimento em Saúde (CAS) do TEAcolhe, que atende autistas de Cachoeirinha, Gravataí e Glorinha por meio de uma parceria com o governo estadual.
Além dos atendimentos, a entidade promove oficinas para familiares e profissionais, fortalecendo a rede de apoio ao autismo. Neste ano, lançou o projeto “Somos Peça”, que permite doações recorrentes de pessoas físicas e jurídicas para a manutenção das atividades.
