Texto por Roselaine Vinciprova | Fotos Frederico Mombach
A Bomlar Imobiliária, localizada no Parque da Matriz, há 8 anos focou seu trabalho para se diferenciar no mercado local. Conforme o empresário Elvis Valcarenghi, o profissionalismo é a marca da empresa sendo que ética e credibilidade devem permear o trabalho de qualquer instituição voltada a este ramo. Com um investimento forte em TI (Tecnologia da informação) e na padronização dos processos busca consolidar e ampliar sua área de atuação em Cachoeirinha e Gravataí.
O empresário Elvis Sandro Valcarenghi escolheu estrategicamente o Parque da Matriz para inaugurar a Bomlar Imobiliária há 8 anos. Preocupado em ter uma identidade própria, priorizou o conforto dos clientes e parceiros. “Não gostaria de ter um negócio na avenida onde o meu cliente não tem lugar para estacionar”, revela. Além disso, a escolha do local também vislumbrou o potencial de investimento dos bairros. “O Parque da Matriz dentro de pouco tempo será um centro da cidade. Conseguimos consolidar muitos negócios aqui. A identidade local nos referenciou também em outros bairros de Cachoeirinha”, conta.
Com cerca de 80% das negociações da imobiliária feitas dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida, Elvis que é formado em Economia fala com propriedade da realidade atual do mercado imobiliário. “O governo teve uma ideia sensacional ao criar o Programa Minha Casa, Minha Vida. Ele fez o país andar. Meus netos estarão na aula de história e ouvirão falar desse programa”, salienta. A grande dificuldade, segundo Elvis, é o país conseguir dominar a inflação. “Não se fala mais, por exemplo, em superávit primário, um princípio básico para manter a estabilidade econômica, ou seja, manter o equilíbrio entre o que se gasta e o que se arrecada. É a premissa para qualquer negócio sobreviver. Mas o governo tem que construir soluções mágicas para se manter no poder e quem paga é a população com os juros mais altos do mundo”, argumenta.
Conforme Elvis, o mercado mudou há alguns meses. Segundo ele, a Caixa Econômica Federal criou novos critérios para liberação de financiamento, buscando frear um pouco o boom imobiliário que supostamente inflacionou o mercado. “Com o tempo aprendemos que as instituições são políticas e não financeiras. Hoje a grande maioria dos corretores são empregados da Caixa, corremos atrás da documentação, enquadramos o imóvel, os compradores e os vendedores dentro dos critérios exigidos pelo agente financeiro. As construtoras, além de aprovarem seus projetos juntos as prefeituras, devem considerar em seus empreendimentos os critérios, muitas vezes, subjetivos da Caixa Econômica Federal. Toda uma engrenagem voltada a atender as diretrizes de quem possui o capital para fazer o “trem andar“. Não somos corretores de financiamento mas atuamos como tal”, enfatiza. Delegado do CRECI-RS aqui em Cachoeirinha, Elvis garante que é difícil criar mecanismos para facilitar a vida dos corretores. “O mercado está acostumado a cobrar seus honorários apenas após a liberação dos recursos pelo agente financeiro. Se o financiamento não for aprovado, entende-se que a comissão do corretor não é devida. E isso é errado. O meu prazo médio de recebimento no ano passado foi de 180 dias”, enfatiza.
Professor do curso de Corretor de Imóveis na Escola Universitário, Elvis tenta repassar alguns conhecimentos aos seus alunos. Um dos principais é manter princípios da seriedade e credibilidade, e que eles sejam agentes críticos do que escutam. “Todos os dias somos bombardeados por notícias de todos os cantos, mas temos que saber selecionar e filtrar”, fala.
Casado com Márcia Medeiros Machado, pai de dois meninos, Gaetano Luca (14) e Eduardo (8), e de coração da Rafaela (10), Elvis começou sua carreira profissional numa empresa familiar confeccionando uniformes. Mas sua formação essencial foi no ramo das telecomunicações. Trabalhou na Construtel, a maior empresa da América Latina em construção de redes externas. Naquela época 157 municípios do Estado não tinham telefonia DDD. “O nosso desafio foi levar o serviço para todas as cidades do Estado”, lembra. Após a privatização, Elvis trabalhou numa atividade denominada site acquisition, ou seja, locação de espaços para implantação das ERBs, Estações Rádio Base de Celular. “Foi neste momento que comecei a namorar o mercado imobiliário. Era feito um estudo técnico de viabilidade, escolhia-se duas ou três alternativas de locação eu negociava com os proprietários e elaborava os contratos”, relembra. Apesar de ser um bom negociador e ser muito comprometido com o trabalho, Elvis declara ter vivido o que ele mesmo define como “a escravidão moderna”. “Tinha ótimos rendimentos, mas ficava à disposição da empresa 24 horas por dia. Chega um momento em que a gente não aguenta. Queria ter uma vida um pouco mais tranquila”, revela.
“Hoje a minha grande riqueza é não ser escravo de ninguém. Tenho liberdade de fazer projetos com convicção. Cobro muito das pessoas que trabalham aqui que elas precisam estar felizes”, conta. Elvis trabalha com transparência e princípios, deixando claro que na empresa se faz negócios. A Bomlar Imobiliária tem todos os seus procedimentos padronizados. “Não fazemos a mesma coisa duas vezes de forma diferente”, conta. Ao longo de quatro anos foram criados softwares próprios para gerenciamento de todas as áreas. São quatro programas: carteira de imóveis para vendas e locação, gerenciamento econômico-financeiro, Gestor de Contratos e Planejamento Estratégico.Programas personalizados desenvolvidos dentro da empresa conforme a necessidade da Bomlar que garantem um sistema de controle preciso e fácil.
O próximo investimento da Bomlar é compor uma carteira forte de locações. “É um grande ativo, porque remunera a empresa mensalmente. Já que a sazonalidade da venda é um complicador”, revela Elvis. Para isso, a Bomlar está priorizando uma estrutura que possa oferecer com qualidade o novo serviço. O mercado de aluguel tem uma alta procura por diversos públicos desde os que não se sentem preparados para uma aquisição e não querem se comprometer por logo período até, executivos e profissionais que muitas vezes mudam de cidades por conta de transferências.
A Bomlar Imobiliária investe em informação e qualificação com o objetivo de retribuir a confiança de seus clientes. “Estamos no mercado para trabalharmos com profissionalismo e neste aspecto destacam-se a ética e a credibilidade”, garante Elvis. Em parceria com várias construtoras, a imobiliária foca seu trabalho em imóveis acessíveis para classe C e D. Almeja deixar como legado um rastro positivo, rentável e sustentável por isso planeja seu crescimento de forma estruturada e sólida, com a finalidade de se consolidar como referência pessoal e profissional.