“Temos aqui um polo industrial importante para a economia gaúcha e brasileira. A qualidade das empresas que aqui se estabeleceram inspira novos desafios e um deles, certamente, é o de avançar em um novo processo de industrialização, pois não há desenvolvimento sustentado sem indústria. O caso de Gravataí é emblemático pelo polo que se formou em função da vinda da General Motors”. Com essa frase, o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, abriu a palestra no evento Almoçando com a Acigra, promovido pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí. Ele defendeu ser necessária uma política de desenvolvimento industrial de curto, médio e longo prazo, que requer uma atenção especial às potencialidades já existentes e um estímulo às atividades que formam a Nova Economia do Rio Grande do Sul. “O melhor programa social de longo prazo é a reindustrialização. Precisamos de uma agenda de impacto pela reindustrialização do Brasil e do Estado, essa é a bandeira da FIERGS em 2014”, completou. O presidente da FIERGS informou que a pauta exportadora do País e do Estado reflete a necessária mudança no modelo e na realidade produtiva.
“A participação de produtos industrializados nas exportações brasileiras vem caindo. Se em 2000 representava 59%, em 2012, caiu para 37%”, exemplificou.
Antes da palestra, Müller e o presidente da Acigra, José Luís Silveira, se reuniram com empresários, que abordaram algumas das principais demandas da região. Entre as questões e preocupações levantadas estiveram a implementação do eSocial, sistema que pretende unificar em um ambiente online a prestação de informações fiscais, trabalhistas e previdenciárias das empresas e seus funcionários para o governo federal; a necessidade de ampliar os setores inclusos na desoneração da folha de pagamento e as exigências da Norma Reguladora 12. “Um dos grandes problemas do nosso País é o fato de as leis serem criadas e exigidas sem que haja tempo para adaptação por parte das empresas”, afirmou Müller.