Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Câncer, nos Estados Unidos, concluiu que o casamento tem efeito positivo em pacientes portadores de câncer. A pesquisa, publicada no jornal científico Journal of Cancer Survivorship, reuniu 779.978 mil homens e 1.032.868 mulheres diagnosticados com algum tipo de tumor cancerígeno. Foi constatado que aqueles que estão numa união civil estável viveram por cinco anos a mais do que aqueles que estavam solteiros.
Foram analisados pacientes com câncer menos letal – os tumores se concentravam na faringe, mama, cólon, reto, bexiga, pelve renal, tireóide – bem como foram contabilizados linfomas e pessoas com melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele. Pessoas divorciadas ou viúvas também apresentaram as menores taxas de sobrevida. No entanto, a pesquisa apontou que no caso de tumores de caráter mais agressivo, que geralmente se instalam em órgãos como o fígado, pulmão, pâncreas e até mesmo no sangue, as pessoas em união estável não apresentaram melhora em relação às solteiras, viúvas e divorciadas.
Em outro levantamento, divulgado desta vez pelo Journal of Clinical Oncology, constatou-se que indivíduos solteiros possuem 17% mais chances de desenvolverem o câncer metastático, considerado o tipo mais grave, e 53% menos possibilidade de seguir o tratamento oncológico adequado.
O motivo – Um dos fatores apontados como determinantes no caso de pessoas que possuem uma união estável é a estabilidade emocional. Assim como todo e qualquer sistema do nosso corpo, o sistema imunológico tende a responder de forma mais positiva quando estamos bem, o que acarreta. Consequentemente, temos uma melhor resposta do corpo para lutar contra doenças como o câncer.
O estudo, portanto, comprovou a força das relações interpessoais e do apoio incondicional na melhora significativa de pacientes com câncer, o que representa que o carinho, o cuidado e a atenção podem ser de fato transformadores, exceto em quadros em que o câncer está em seu estágio mais avançado.