Texto por Denise De Oliveira Milbradt | foto divulgação
Toda criança ama ganhar brinquedos, principalmente os altamente tecnológicos. Eles também desempenham papel importante no desenvolvimento dos pequenos, mas você conhece os perigos que muitos destes produtos oferecem? No Brasil, o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) realiza uma série de testes para garantir a qualidade e a segurança dos mesmos, porém muitas crianças ainda são atendidas nos serviços de emergência com lesões relacionadas com o uso dos brinquedos. Então, todo o cuidado é pouco.
Antes de escolher os presentes, é aconselhável conferir se os brinquedos são apropriados à idade, ao interesse e ao nível de habilidade da criança. Um brinquedo que serve para uma criança de mais de oito anos pode ser perigoso para uma que tem três, por exemplo. Aliás, até os três anos de idade a tendência é colocar quase tudo o que está acessível na boca. No caso de o brinquedo ter pequenas peças e a criança o engolir poderá sofrer engasgos e sufocação, podendo em casos mais extremos, leva-la ao óbito. Por isso, os brinquedos não devem ser pequenos e não podem ter partes destacáveis que facilitem o seu manuseio até a boca.
Os materiais utilizados na fabricação dos brinquedos também precisam ser resistentes, não tóxicos e não inflamáveis. Ao comprá-los evite os que possuam pontas ou bordas afiadas, pistolas com projéteis, dardos e flechas, pois podem causar ferimentos de diversas gravidades.
Os brinquedos que produzem ruídos acima de 100 decibéis podem prejudicar a audição do seu filho. E o que dizer daqueles produtos com correntes, tiras e cordas? O perigo é certo, principalmente aqueles com mais de 15 cm de extensão. Eles devem ser evitados pelo alto risco de estrangulamento de crianças pequenas.
Evite presentear crianças com até cinco anos de idade com brinquedos feitos de vidro, que por ser a fase de maior agitação, poderão quebrá-los. Os elétricos podem causar queimaduras e os que precisam ser ligados em tomadas, com elementos de aquecimentos, com pilhas e baterias, não são aconselhados para crianças com menos de oito anos. As baterias e pilhas contêm conteúdo corrosivo e podem causar sérios danos ao tubo digestivo quando ingeridas ou sufocação quando aspirados.
Brincadeiras monitoradas
O Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) chama a atenção quanto à necessidade dos brinquedos novos e velhos, armazenados em casa, serem monitorados pelos familiares regularmente. Eles devem ser consertados ou descartados quando representarem riscos às crianças. Em casa, você pode testar se um brinquedo ou mesmo uma peça é muito pequeno e oferece riscos de engasgo e sufocação para uma criança menor de três anos.
Ensine as crianças a guardarem seus brinquedos após a brincadeira para prevenir quedas e outros acidentes. Brinquedos para crianças maiores podem ser perigosos para os menores e devem ser guardados separadamente.
Ao presentear a criança com bicicletas, patins, patinetes e skates aproveite para ensiná-la sobre segurança na diversão. O ideal é comprar também os equipamentos de segurança: capacete, joelheira, cotoveleira, luvas e buzina.
Brinquedos de locomoção, principalmente bicicletas, estão associados a mais acidentes que qualquer outro produto.
Dicas para comprar brinquedos
– Guie-se pela faixa etária recomendada pelo fabricante;
– Verifique a identificação do fabricante (nome, CGC, endereço);
– As instruções devem ser claras e objetivas e com ilustrações. Produtos importados devem trazer as mesmas informações exigidas para os nacionais, em língua portuguesa, bem como as marcas do Inmetro e do organismo de certificação;
– Observe o número de peças ou regras de montagem, quando for o caso;
– O selo do Inmetro garante que o brinquedo passou por testes que comprovam sua segurança e qualidade;
– Apesar dos preços mais baixos, os brinquedos comercializados por ambulantes, geralmente, não estão de acordo com as normas de qualidade e segurança, expondo a criança a riscos;
– Também não tem nota fiscal ou qualquer informação sobre sua origem, o que dificulta a troca ou qualquer reclamação;
– Cuidados com as falsificações. Etiquetas e rótulos podem conter marcas falsificadas por contrabandistas;
– Na dúvida, ou se notar ausência do selo, denuncie. A ouvidoria do Inmetro atende pelo telefone 0800-285-1818.