A ideia da existência de um dia internacional da mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão de obra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena (1911) e São Petersburgo (1913).
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória do protesto contra as más condições de trabalho das operárias da indústria do vestuário de Nova York. No Brasil, no entanto, as iniciativas em favor aos direitos da mulher tiveram origem no começo do século XX, e foram propostas por grupos anarquistas da época. Entre as décadas de 20 e 30, os movimentos ganharam força graças à luta das sufragistas — que conquistaram o direito ao voto em 1932 —, e foi a partir dos anos 70 que as primeiras organizações focadas na discussão da igualdade entre gêneros, sexualidade e saúde da mulher começaram a surgir no país.
Também foi na década de 70, mais precisamente, em 1975, durante o “Ano Internacional das Mulheres”, que as Nações Unidas passaram a celebrar o Dia Internacional da Mulher anualmente no dia 8 de março. De lá para cá, não só a ONU, como muitos outros países pelo mundo se uniram à celebração, e hoje a data é comemorada em mais de 100 países. Aliás, é verdade que as mulheres conquistaram muito ao longo dos anos, mas a batalha está longe de terminar.