Texto por Rita Trindade | Fotos divulgação
Ele já fez teatro, esquetes de humor na internet, atuou em algumas pontas na teledramaturgia da Globo e agora chegou ao Pânico na Band, programa de humor da Rede Bandeirantes que é hit entre os jovens. Diego Ferreira Becker tem 35 anos é solteiro, filho de Renato e Arary Becker e o caçula dos irmãos Renata (41) e Daniel (37). Diego é filho ilustre de Gravataí e está enchendo de orgulho familiares, amigos e fãs que estão acompanhando sua nova empreitada na carreira de ator.
O humorista nasceu em Gravataí e ficou na cidade até os 22 anos, estudou nas escolas Irmã Cléssia e Gensa localizadas no município e ESCA em Cachoeirinha. Antes de trabalhar na TV Diego fez muita coisa, trabalhou como garçom, animador de festas, atendente em uma farmácia, da qual se orgulha em dizer que “era um dos melhores vendedores”. “Fiz muita coisa, graças a Deus sempre pintava alguma coisa pra eu ganhar um qualquer. Sempre fiz teatro e às vezes pintavam uns comerciais bacanas também”, lembra.
Diego trabalhando: Parada gay. Angola Maria entrevista Serginho
A vocação para atuar apareceu cedo na vida do humorista, que pensou pela primeira vez em ser ator quando brincava com seus primos de Escolinha do Professor Raimundo, antes disso, o humorista já fazia cenas das histórias infantis que ouvia nos seus vinis. “Algumas das histórias que ouvia sei até hoje na ponta da língua”, conta. Na escola, Diego era o popular, comia a merenda dos colegas e andava por todos os grupinhos. “Sempre me dei bem com todo mundo. Nunca tive problemas com nenhum colega”, afirma.
O ator iniciou na carreira fazendo cursos de teatro em 1992, mas só em 1999 efetivamente começou a se dedicar ao ofício de atuar. Diego tem 17 anos de carreira e conta que sempre teve o amparo da família. “Minha família sempre me apoiou. São meus maiores incentivadores até hoje”, revela. Becker saiu de Gravataí em 2001, quando foi morar no Rio de Janeiro, onde ficou por um longo tempo. Há quatro meses o humorista está morando em São Paulo por conta do seu novo trabalho na televisão, o Pânico da Band.
Depois de tantos trabalhos no teatro, internet e televisão, Diego finalmente ganha espaço em um programa de alcance nacional e com uma ampla audiência que segue crescente a cada episódio. “Trabalhar no Pânico está sendo uma experiência incrível, estou ao lado de pessoas que admiro muito, talentosos demais, em especial meu amigo Eduardo Sterblitch, que está me dando a maior força e é um baita profissional. No Pânico posso mostrar o meu trabalho, me divertir e divertir o público”, comemora entusiasmado.
Diego com os amigos do Programa Pânico
Sobre a diferença entre o humor dos anos 80 e 90, o humor de hoje em dia, e o politicamente correto que está cada vez mais presente na sociedade, Diego é categórico. “Atualmente tem mais patrulha do politicamente correto, isso às vezes limita o artista, mas enfim, estamos na luta sempre, para um humor mais livre. O público vem caminhando junto com as transformações do humor e do comportamento da sociedade, e eu também, pois sou as duas coisas, faço humor e consumo humor, e não é tudo que me agrada”, revela.
Diego já contracenou com diversos atores e andou por inúmeros meios e caminhos da dramaturgia, segundo o ator, atuar é uma das coisas que mais o faz feliz. “Independente do veículo, gosto muito de atuar, seja teatro, internet ou televisão, cada um tem suas características, agora que venha o cinema né? Ainda não tive experiência nas telonas, mas espero que em breve isso aconteça”, planeja.
E para quem quer seguir os passos do humorista e trabalhar com o riso Diego dá a dica, “acho que para ser um humorista bem sucedido tem que estar sempre bem antenado, observar e olhar o mundo lá fora, conversar com as pessoas, mas acima de tudo, o toque principal, é amar o que faz”, finaliza.
O guri de Gravataí está cada vez mais conquistando o seu espaço e a atenção dos que acompanham o seu trabalho. É visível o talento impresso na personalidade do humorista. O desejo de fazer rir, o brilho no olhar de quem lança a piada e espera uma gargalhada em seguida, o sorriso maroto de quem brinca com tudo e dribla os patrulhadores de plantão e o carisma de quem não faz apenas piada, mas também luta por um humor mais livre, afinal, o seu objetivo é a graça.
No final da entrevista pergunto o que Diego seria se não fosse ator, ele, claro, não perde a piada e rapidamente responde, “Olha, pergunta difícil essa, desde pequeno sempre gostei das artes. Se não fosse ator, certamente seria dançarino de axé”, responde em meio a risos. Seja como ator, cantor, improvisador, sex symbol, ou dançarino de axé, o fato é que o novo integrante do Pânico na Band está ganhando espaço e conquistando a todos com o seu humor. Diego está ganhando o mundo e enchendo de orgulho quem o conhece.
O guri de Gravataí está cada vez mais conquistando o seu espaço e a atenção do público