Alimentação pressiona IPC-S e índice avança para 0,16% na terceira prévia de agosto
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) apresentou variação de 0,16% na terceira quadrissemana de agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado é 0,11 pontos porcentuais acima do registrado na leitura anterior, quando o indicador apresentou variação de 0,05%.
Das oito classes de despesas analisadas, seis apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para alimentação. A classe de despesa saiu do terreno negativo e passou para o positivo, ao deixar variação de -0,08% na segunda leitura do mês e ir para 0,03%. Em Alimentação, a FGV destaca o comportamento do item frutas (de -3,83% para -2,00%).
Mais cinco grupos, dos oito analisados, contribuíram para o avanço no indicador. Na categoria Vestuário (de -0,68% para -0,21%), a pressão veio do item roupas, que diminuiu a queda de -1,25% para -0,58%. Já o grupo Transportes (-0,25% para -0,10%) foi pressionado pela tarifa de ônibus urbano (-0,81% para 0,03%) e Educação, Leitura e Recreação (0,32% para 0,51%) teve como destaque o comportamento do item passagem aérea (-1,35% para 6,36%). Em Habitação, o destaque foi tarifa de eletricidade residencial (0,04% para 0,38%) e em Saúde e Cuidados Pessoais (0,38% para 0,43%) foram os artigos de higiene e cuidado pessoal (0,47% para 0,75%).
Cesta básica de Porto Alegre registra queda de 7,06%
Após dois meses seguidos de alta, a cesta básica de Porto Alegre registrou queda de 7,06% em julho. Com o resultado, divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o valor passou de R$ 329,16 em junho para R$ 305,91. A taxa verificada em julho de 2012 foi de 7,03%. No ano, a cesta está 3,92% mais cara e em doze meses registra alta de 1,98%.
Na avaliação mensal, sete dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios registraram queda. Destaque para os produtos in natura, em especial o tomate (-45,63%). Em sentido inverso, seis produtos tiveram alta, sendo as maiores variações no leite (6,91%) e na farinha de trigo (5,07%).
No ano, a cesta acumula alta de 3,92%. De janeiro a julho, seis itens estão mais caros, com destaque para a batata (98,35%) e o leite (28,72%). Dentre os produtos que ficaram mais baratos, o óleo de soja registrou a maior queda (-23,28%). Em doze meses, a cesta está 1,98% mais cara. Nesse período, nove itens subiram de preço, sendo os maiores aumentos verificados na batata (140,67%) e no leite (37,10%). Por outro lado, quatro produtos estão mais baratos: o tomate (-43,29%), o açúcar (-15,42%), o óleo (-12,7%) e o café (-0,37%).
O valor da cesta básica representou 49,04% do salário mínimo líquido, contra 52,77% em junho de 2013 e 52,42% em julho de 2012. O trabalhador com rendimento equivalente a um salário mínimo necessitou em julho cumprir uma jornada de 99h 16min para adquirir os bens alimentícios básicos. Esta jornada é menor do que foi necessário em junho de 2013 (106h e 48min) e menor do que em julho de 2012 (106h 06min).
Confiança do comércio cai 2,8% no trimestre, indica FGV
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) da Fundação Getulio Vargas caiu 2,8% no trimestre encerrado em agosto, ante queda de 3,4% no trimestre encerrado em julho. Na comparação com agosto de 2012, o índice teve queda de 1%, inferior à registrada em julho (-3,9%) na mesma base de comparação. A principal contribuição para o resultado de agosto veio do indicador que mede o grau de satisfação em relação ao momento atual, que havia caído fortemente em julho, sob influência das manifestações populares.
Segundo a FGV, a recuperação deste indicador sugere o retorno do setor a um ritmo de atividade moderado no terceiro trimestre de 2013. O Índice da Situação Atual (ISA-COM) registrou taxa interanual trimestral de -3,5% no mês, ante recuo de 4,6% em julho. Em termos interanuais mensais, as taxas do ISA-COM passaram de -7,7% em julho, para 0,8% em agosto.
Já as perspectivas em relação aos meses seguintes não apresentaram grande mudança: a taxa interanual trimestral do Índice de Expectativas (IE-COM) passou de -2,6% em julho, para -2,5%, agosto. Em termos mensais, houve uma piora relativa, com a taxa interanual passando de -1,6% para -2,2%, respectivamente.