Empresários pedem acesso fácil aos benefícios do programa Fundopem
Mais facilidade para pequenas e médias indústrias acessarem os benefícios do Fundopem/Integrar-RS e critérios mais claros para a concessão do incentivo foram reivindicações de empresários que se reuniram no dia 17 de julho na Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) para discutir a competitividade gaúcha. Conforme o diretor da Fiergs Thômaz Nunnenkampp, as pequenas empresas não conseguem cumprir todas as exigências burocráticas para obter o Fundopem, principal incentivo do governo estadual para novos investimentos. O presidente da entidade, Heitor Müller, afirmou que o programa é fundamental para aproximar o Rio Grande do Sul de novos investidores.
“O Fundopem não é uma obra pronta e fechada. O instrumento pode ser aprimorado e expandido, juntamente com o Integrar-RS”, afirmou Müller. Titular da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Mauro Knijnik afirmou que o novo Fundopem foi aperfeiçoado em relação ao anterior, de forma a ficar mais alinhado à nova política industrial do Estado. “Como exemplo dos critérios para a contratação do Fundopem, podemos citar o benefício para projetos que agreguem tecnologia e criem empregos mais qualificados,” afirmou Knijnik.
Tributação alta foi problema da indústria no segundo trimestre, diz CNI
Um levantamento divulgado no dia 19 de julho pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que a elevada carga tributária foi o principal problema enfrentado pela indústria no segundo trimestre do ano. A pesquisa foi feita entre 1º e 12 de julho com 1.953 empresas. O item competição acirrada de mercado aparece em segundo lugar entre os problemas, seguido do alto custo da matéria-prima. A CNI aponta, ainda, que as condições financeiras são as piores em quatro anos. O índice de satisfação com as margens de lucro recuou pelo segundo trimestre consecutivo, para 42,2 pontos. O resultado do segundo trimestre de 2013 é o menor desde o segundo trimestre de 2009.
Os preços das matérias-primas continuaram a crescer no segundo trimestre do ano, na comparação com o anterior, segundo a CNI. A satisfação dos empresários com a situação financeira de suas empresas também caiu no trimestre. O índice recuou de 48,5 para 47,5 pontos. Além disso, a pesquisa aponta que as empresas estão enfrentando considerável dificuldade de acesso ao crédito. O índice de facilidade de acesso ao crédito recuou 1,5 ponto no trimestre, atingindo 40,8 pontos. Esse resultado também é o menor desde o segundo trimestre de 2009.
Itens de Transporte e alimentos puxam recuo do IPCA-15
A desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) em julho foi puxada pela queda nos itens de transporte (-0,55%) e alimentos (-0,18%), segundo o IBGE. O Instituto divulgou nesta sexta-feira que o índice ficou em 0,07%, ante 0,38% de junho. A revogação do aumento da tarifa de transporte em diversas cidades contribuiu para a desaceleração da inflação. O item transporte teve queda de 0,55% em julho. Em junho, o índice havia ficado em 0,10%. Nos alimentos, também houve queda no índice de preços. Em julho, o item registrou em -0,18%, ante 0,27% em junho.
No grupo alimentação e bebidas, registraram deflação itens como tomate (-16,78%), feijão carioca (-3,86%), óleo de soja (-3,13%). Outros itens que registraram impacto para baixo no IPCA-15 foram o etanol (-3,17%) e gasolina (-0,69%). Também registraram queda os itens artigos de residência (-0,06% em julho, ante +0,68% em junho) e vestuário (-0,17% em julho, contra +0,72% em junho). Também contribuíram para a desaceleração o item de Saúde e Cuidados Pessoais, que registrou alta de 0,20% em julho e 0,72% em junho, a principal desaceleração do IPCA-15. Já o item Educação teve alta de 0,11%, ante 0,17% em junho.