Bom Dia Associado da ACC reuniu mais de 100 pessoas no restaurante mercato para ouvirem conselhos sobre o que muda na economia regional dentro do panorama nacional e internacional.
As mais de 100 pessoas que compareceram na primeira edição do Bom Dia Associado da ACC, no mês de março, ouviram alguns conselhos sobre a conjuntura atual e de que forma ela pode interferir na economia regional. O presidente do Sicredi, Alcides Brugnera, abriu a explanação falando rapidamente dos números do banco e dos seus diferenciais de mercado. Após, o economista-chefe do Banco Sicredi, Alexandre Barbosa, apresentou um panorama do mercado mundial, nacional e regional. A economia mundial continuará crescendo lentamente, principalmente pela estagnação da Zona do Euro. Em compensação os países emergentes, como a China devem encerrar o ano com crescimento de mais de 8%. Em 2012, os destaques ficaram por conta da recuperação da economia, principalmente nos setores de serviços e do agronegócio. Já o crescimento da indústria esteve ligado aos estímulos fiscais promovidos pelo Governo Federal. “Os juros estão baixos, e devem permanecer neste patamar em 2013, e o volume de crédito seguirá crescendo. Isto se deve, principalmente, ao aumento da renda do brasileiro e do avanço do emprego formal”, revelou Alexandre.
A boa notícia é que os ramos de varejo e serviços devem manter sua alta, uma vez que o efeito da crise de 2008 não foi tão devastador nestes setores. O desemprego, enquanto isso, deve continuar em torno de 5% (índice relativamente pequeno, principalmente se comparado a taxas de até 12% do início da década). Portanto continuará faltando mão de obra, o que eleva o custo. Se isso é ruim, por outro lado acaba incentivando o consumo e aumentando a demanda da indústria – especialmente em tempos de juro em baixa. O setor agropecuário deve ter alta produtividade e preços elevados quando comparado aos patamares históricos, ainda que menores do que os registrados no segundo semestre de 2012. O efeito defasado da política monetária é outro fator que seguirá estimulando a economia. “O ideal seria que o crescimento migrasse para investimentos e não ao consumo”, avalia. Outros setores que devem ter um desempenho positivo são o da indústria de bebidas, de eletroeletrônicos e móveis, de metalurgia e plástico, comércio e de serviços de transporte.
Os ramos de varejo e serviços devem manter sua alta, uma vez que o efeito da crise de 2008 não foi tão devastador nestes setores.
Alexandre Barbosa
Economista-Chefe do
Banco Sicredi