Foram anunciadas no início do mês de março mudanças no mudanças no Calendário Nacional de Vacinação de 2017, com alterações de vacinas nas faixas etárias (crianças, adolescentes e adultos). Seis das 19 vacinas oferecidas, recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tiveram oferta ampliada: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, Meningocócica C e hepatite A.
O objetivo é aumentar a proteção das crianças e ampliar a imunidade dos adolescentes, bem como manter a eliminação do sarampo e da rubéola e diminuir casos de caxumba e coqueluche em adultos. Dessa forma, a expectativa é combater mais efetivamente estas doenças e impedir a reincidência delas.
No caso da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), a mudança no calendário considera a situação epidemiológica da caxumba nos últimos anos. Duas doses contra sarampo, caxumba e rubéola passam a ser disponibilizadas para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade. Anteriormente, a segunda dose era aplicada apenas em pessoas com até 19 anos. Já para os adultos de 30 a 49 anos, será administrada apenas uma dose de tríplice viral.
Conforme o Ministério da Saúde, toda essa ampliação foi possível pela economia de R$ 66,5 milhões, a partir da redução de até 11% no valor das vacinas Hepatite A, HPV e dTpa. A economia teve impacto em todo programa nacional de imunização, permitindo a aquisição de mais de 11,5 milhões de doses da vacina de febre amarela. Por ano, são oferecidas pela rede pública de saúde cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos contra mais de 20 doenças.
Novo calendário
– Hepatite A: passa a ser disponibilizada para crianças até 5 anos. Antes, a idade máxima era 2 anos. A vacina é considerada altamente eficaz, com taxas de soroconversão de 94% a 100%.
– Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela): este ano, para crianças, há ampliação da oferta da dose, que passa a ser administrada de 15 meses até 4 anos. Antes, a aplicação era feita entre 15 meses e menores de 2 anos. A recomendação é uma primeira dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) aos 12 meses e uma segunda dose a tetra viral aos 15 meses.
– HPV: a partir de 2017, será ofertada também para meninos. Desde 2014, a dose é oferecida a meninas de 9 a 13 anos. No próximo ano, público alvo vai incluir ainda meninas de 14 anos. Este ano, além dos meninos, a vacina será oferecida a homens que vivem com HIV e Aids entre 9 e 26 anos e para imunodeprimidos.
– Meningocócica C: passa a ser disponibilizada para adolescentes de 12 e 13 anos. A faixa etária será ampliada gradativamente até 2020, quando serão incluídos crianças e adolescentes de 9 a 13 anos. O esquema vacinal será de um reforço ou uma dose única.
– DTpa adulto (difteria, tétano e coqueluche): passa a ser recomendada para as gestantes a partir da 20ª semana. As mulheres que perderam a oportunidade de se vacinar durante a gravidez devem receber a dose durante o puerpério (até 40 dias após o parto).
-Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola): este ano, será introduzida a segunda dose da vacina para a população de 20 a 29 anos. Anteriormente, a segunda dose era aplicada apenas em pessoas com até 19 anos.