Um estudo conduzido nos Estados Unidos constatou que o risco de desenvolver joanetes – espécie de calo na parte externa do dedão do pé – está ligado à genética dos pacientes e não aos sapatos.
O Framingham Foot Study colheu dados de 1.370 adultos e observou a tendência de a deformidade estar ligada a um histórico familiar.
Segundo os autores do estudo, a descoberta indica que as pessoas podem ter uma predisposição genética à formação dos joanetes.
Os podólogos britânicos afirmam que o estudo embasa a visão de que os sapatos ajudam a piorar o problema, mas não seus causadores.
O principal sinal do joanete ocorre quando o dedão “aponta” em direção aos outros dedos do pé, forçando o osso para fora, o primeiro metatarso.
Essa mudança no formato do pé pode causar inchaço e dor.
As mulheres apresentam maior incidência da patologia, o que alimentou a visão de que os culpados pelos joanetes eram sapatos de saltos alto ou outros tipos de calçados pouco confortáveis.
Mas embora o seu uso possa exacerbar os sintomas – porque tais calçados friccionam os joanetes e causam dor ou bolhas – estão longe de serem os causadores do problema.
Formato do pé
O estudo, conduzido entre 2002 e 2008, colheu depoimentos de pessoas com reclamações constantes nos pés, incluindo joanetes e dedos do pé em martelo, e observaram a incidência das mesmas condições em seus familiares próximos.
O resultado comprovou a tese de que há uma correlação entre a genética e o aparecimento de joanetes, em homens e mulheres de todas as idades, mas particularmente em mulheres.