• Por Eduardo Gross | Engenheiro e Coach / Diretor da OnLife
Falar sobre Qualidade de Vida é um grande desafio, particularmente numa época em que a ansiedade e o estresse estão disseminados de forma epidêmica, sendo responsáveis pela maior parte dos males que afligem o homem moderno. Está constatado que o estresse cada vez mais, faz parte da rotina da maioria das pessoas. No entanto, o que deve ser ressaltado é a forma como o encaramos, ou seja, se transformamos a situação em um transtorno, o estresse torna-se altamente prejudicial, mas se desenvolvemos uma percepção de desafio, os resultados podem ser de melhor qualidade.
Inúmeros fatores influenciam os sintomas que este estado de tensão acaba provocando. O PRIMEIRO PASSO é tomarmos consciência do nosso estado atual de saúde avaliando os fatores de risco presentes e o nosso estilo de vida. Dentre os fatores de risco, destacamos a presença de dores no corpo, obesidade, tabagismo e doenças crônicas, e quanto ao estilo de vida podemos avaliar a prática de exercícios físicos, a alimentação saudável, o sono, a qualidade de seus relacionamentos sociais e atividades de lazer, dentre outras questões que interferem diretamente em seu bem-estar físico, mental e social.
O SEGUNDO PASSO é aprimorar a nossa percepção com relação aos diferentes estressores presentes no ambiente de trabalho, uma vez que a exposição a condições de trabalho estressantes pode ter influência direta sobre a nossa saúde e segurança. Na sua maioria, os estressores estão associados às condições físicas do trabalho, à demanda e controle do trabalho e às dificuldades de relacionamento interpessoal. No entanto, fatores individuais e situacionais como personalidade, idade, sexo, estado civil, tempo de casa, problemas financeiros e problemas conjugais e familiares podem intervir fortalecendo ou enfraquecendo essa influência.
As mudanças ocorrem continuamente na vida e devemos estar preparados para se adaptar a elas o mais rápido possível, a fim de garantir a sobrevivência. Como TERCEIRO PASSO, passamos a concentrar nossas energias no caminho a ser percorrido entre o estado atual e o estado desejado. Trata-se de um processo de descoberta, capacitação, decisão e atitude, cujo resultado duradouro só é possível com o alinhamento da ambição pessoal com os diferentes papéis exercidos no ambiente familiar e profissional.
O QUARTO PASSO é elencarmos dentre os diferentes tipos de intervenção aqueles que nos leve a um estado de adaptação com os estressores, seja pela sua eliminação, enfrentamento ou convivência. Neste momento, a intenção de “querer mudar” passa a ser substituída pela ação de “decidir mudar”. Abrir mão de métodos e papéis usuais para aprender ou aceitar novos sempre exige um esforço emocional significativo. Apresento a seguir uma sequência de estágios que podem ser seguidos para que essas decisões possam ser tomadas de acordo com as circunstâncias, priorizando as melhores escolhas para construir um caminho favorável.
No primeiro estágio elencamos as práticas de Gestão de Mudanças, onde identificamos a possibilidade de ajustar as condições de trabalho de forma prática e objetiva. Tais intervenções estão associadas à redução da carga de trabalho, ao aumento da participação e controle do trabalhador e ao esclarecimento dos papéis e responsabilidades. Seja na etapa de planejamento, de implantação ou de sustentação das mudanças, adotar estratégias para garantir o envolvimento, a aprendizagem e a boa comunicação dos trabalhadores é um grande diferencial na redução dos sintomas de estresse.
O segundo estágio corresponde às práticas de Intervenção Psicossocial que visam reduzir o estresse mudando as percepções que os trabalhadores têm do ambiente de trabalho. Neste caso, adotamos estratégias associadas ao conceito da psicologia positiva que leva as pessoas a abandonar determinadas crenças e reestruturar os seus padrões de raciocínio para ressignificar a situação estressante. Essas iniciativas são fundamentais para melhorar o relacionamento interpessoal, estimular a reflexão e a troca de opiniões, fortalecer as relações de confiança e principalmente transformar possíveis ruídos de comunicação em ideias conectadas.
E por fim, podemos elencar práticas que podem auxiliar os trabalhadores a lidar com os sintomas do estresse. Os programas de Promoção da Saúde Integral são compostos de ações de conscientização, mudança comportamental e promoção de um estilo de vida saudável, os quais podem ser complementados com técnicas de gerenciamento do estresse, tais como: relaxamento muscular, respiração diafragmática, meditação e biofeedback, resultando em aprendizado para reduzir a tensão psicológica (ansiedade), fisiológica (pressão arterial) e comportamental.
Agrupamos essas estratégias no conceito da Saúde Integral que propõem uma visão multidisciplinar dos fatores que podem prejudicar a saúde explorando de forma sequencial as seguintes dimensões: física, emocional, mental, social e espiritual. Não adianta nos iludir que estamos combatendo ou gerenciando o estresse quando temos um corpo físico que mostra o contrário. Ter saúde significa encontrar a verdadeira sintonia entre o Bem-Estar e o Estar Bem. Vamos encarar essa Mudança? Solicite maiores informações sobre o Programa de Capacitação em Saúde Integral desenvolvido pela OnLife. Entre em contato através do e-mail onlife@onlifesaude.com.br.