Futuro da RS-118 entra em definição com concessão à iniciativa privada e sem pedágio
O governo do Rio Grande do Sul está avançando nas tratativas para conceder a RS-118 à iniciativa privada, sem a cobrança de pedágio. A rodovia, que precisa de obras importantes, como a duplicação entre Gravataí e Viamão, precisa ser incluída no plano de concessões do governo estadual, para que as obras sejam viabilizadas. No entanto, empresários, prefeitos e aliados do governo se posicionaram contra a cobrança de pedágio, o que gerou debates sobre o modelo de concessão.
Atualmente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está realizando a modelagem econômica para a concessão, que abrangerá dois blocos de rodovias, incluindo a RS-118. Apesar da necessidade de arrecadação para investimentos, o plano é que a rodovia não tenha pontos de cobrança de pedágio.
Uma das formas de garantir os recursos para as obras na rodovia é utilizar o Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). Esse fundo receberá os valores que o Estado deixará de pagar à União em função da suspensão do pagamento da dívida por três anos, totalizando R$ 11,7 bilhões.
RS-118 a principal rota entre Porto Alegre e Região Metropolitana durante as enchentes
Durante as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, a RS-118 foi a principal rota de conexão entre Porto Alegre e a Região Metropolitana, mas sofreu com congestionamentos devido à pista simples e danos no estado de conservação. Em setembro, deputados estaduais e o Movimento RS 118 Sem Pedágio protocolaram um pedido ao governador e ao secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, para incluir as obras de duplicação da rodovia no Plano Rio Grande, utilizando recursos do Funrigs. O pedido destacou a importância da rodovia como único acesso rodoviário à capital durante a catástrofe climática.
A expectativa agora é que, com a concessão, as obras de duplicação sejam realizadas, melhorando a estrutura da rodovia sem custos adicionais aos usuários.
Fonte: GZH