Fidel Zanchetta foi um dos grandes loteadores do município de Cachoeirinha, seus empreendimentos deram origem a importantes bairros da cidade, hoje estruturados, valorizados e populosos. Homem tímido, pródigo e provedor, teve quatro filhos – entre eles a jornalista Sônia Zanchetta. Descendente de pais italianos, ficou órfão aos 8 anos, e imediatamente começou a trabalhar tendo grande sucesso na sua trajetória profissional. Conta, a história da família, que Fidel acertou na loteria e vendeu (1951) o tradicional “Café Panamericano” que administrava no Mercado Público de Porto Alegre e que existe até hoje.
Mais ou menos por essa época começou a trabalhar com loteamentos, investindo suas economias na compra de terrenos em Cachoeirinha, motivado pela promessa do Distrito Industrial. Em 1970, depois de separado da esposa, veio a fixar residência em Cachoeirinha, hospedando-se no Hotel Prior.
O primeiro dos loteamentos foi a vila Veranópolis. Fidel colocou esse nome no bairro em homenagem à sua cidade natal. Loteou a vila Imbuhy, o Parque Mauá e a imensa vila Fátima. A vila Regina também foi loteada por Fidel, inspirado no nome da sua mãe e de uma das filhas.
Fidel Zanchetta sempre pautou sua atividade pelo respeito aos seus clientes, cumprindo prazos e entregando os imóveis no padrão previamente contratado, características essas que foram responsáveis pelo seu enorme sucesso profissional e pessoal, se tornando um dos cidadãos mais respeitados da história do município.
Fidel nunca quis entrar para a política, embora tenha sido sempre muito assediado. Graças ao seu espírito altruísta doou terrenos para construção das Escolas Roberto Silveira, no Parque Mauá e também da escola que leva seu nome no Bairro Fátima. Fidel Zancheta recebeu o titulo de Cidadão Honorário de Gravataí.