Estudo do Sebrae RS revela impacto da redução do poder de compra em empresas gaúchas
Uma pesquisa recente realizada pelo Sebrae RS revelou que cerca de 43% das empresas no Rio Grande do Sul estão enfrentando uma redução no poder de compra do consumidor, afetando diretamente dois quintos dos negócios no estado. Conduzida bimensalmente, a Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios entrevistou empreendedores de Micro e Pequenas Empresas (MPE) e Microempreendedores Individuais (MEI) entre os dias 6 e 24 de março de 2024, abrangendo setores como comércio, serviços, indústria e agronegócio.
Os resultados destacam a escassez de clientes como um dos principais desafios enfrentados pelas empresas, com 49% delas registrando uma queda no faturamento. Em contrapartida, apenas 15% relataram aumento nas vendas. A busca por estabilidade financeira também se mostra presente, com 56% das empresas visando aumentar as vendas e 49% buscando equilibrar as finanças.
Em relação a ocupação, 57% das empresas relataram estabilidade, enquanto 28% indicaram uma redução no número de empregados. A procura por créditos se mostrou moderada, com apenas 28% das empresas solicitando financiamento no último bimestre, obtendo em média R$ 98,1 mil por empresa.
Apesar dos desafios enfrentados, a pesquisa revelou um certo otimismo entre os empresários gaúchos. Cerca de 44% deles estão confiantes na melhoria da situação econômica do estado, enquanto 38% acreditam que não haverá alterações significativas no próximo bimestre. Além disso, 61% dos entrevistados expressaram a expectativa de uma melhoria em seus respectivos ramos de atividade para os próximos dois meses.
De acordo com o diretor-superintendente em exercício e diretor Técnico do Sebrae RS, Ariel Fernando Berti, os resultados da pesquisa demonstram a resiliência dos empreendedores gaúchos diante do cenário desafiador.
“Os empreendedores sabem que precisam priorizar investimentos para que suas empresas cresçam de forma saudável e também fazer bons planejamentos para colher melhores resultados no futuro”, destacou.
Apesar das dificuldades, há boas perspectivas para as micro e pequenas empresas no estado. Cerca de 50% dos empresários demonstram interesse em expandir seus negócios, enquanto 44% planejam manter suas atividades nos próximos dois meses. Além disso, 40% têm a intenção de aumentar o número de funcionários no mesmo período.