• Por Renato Bender Castro | Acupuntura – Medicina Esportiva – Tratamento da Dor | CRM 16838
A dor musculoesquelética é a mais prevalente na população mundial, atingindo todas as faixas etárias. A incidência de dor crônica tem aumentado muito nos últimos anos em função de modificações nos hábitos de vida e no meio ambiente, além de inúmeras outras razões, como aumento do estresse e aumento das cobranças no mundo corporativo. A dor musculoesquelética estará presente na vida de todos os adultos em algum momento, seja em um único episódio ou de maneira recorrente. Entre as causas da dor musculoesquelética podemos citar: traumas, processos infecciosos, lesões por esforço excessivo, lesões por esforço repetitivo, originadas por vícios posturais, sobrecargas mecânicas, lesões traumáticas não tratadas adequadamente, câncer, entre outras causas.
A dor musculoesquelética por uso excessivo afeta 33% dos adultos e é responsável por 29% de absenteísmo do trabalho por doença. A dor lombar baixa é a condição mais prevalente e mais comumente relacionada ao trabalho na sociedade ocidental, sendo o distúrbio muscular relacionado ao trabalho mais custoso. A dor musculoesquelética pode ser aguda ou crônica, sendo a crônica caracterizada pela persistência de desconforto doloroso por mais de três meses. A dor aguda é um sinal de alerta importante de uma lesão real ou potencial e deve ter sua causa diagnosticada e tratada de maneira adequada. O diagnóstico e tratamento da dor crônica musculoesquelética é muitas vezes um grande desafio e sempre deve basear-se no conceito da multidisciplinaridade. Devem agir, conjuntamente, diversos profissionais como médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos e educadores físicos. Antes de pensarmos no tratamento, devemos lembrar que o diagnóstico bem feito é fundamental para tratarmos, não só a dor, mas também a causa da dor. Fatores psicológicos desempenham um importante papel no desenvolvimento da dor musculoesquelética, em especial falsas crenças sobre a dor e medo de tê-la. O medo da dor induz a evitar atividades físicas, sociais e profissionais, que os pacientes associam com a ocorrência ou exacerbação, mesmo depois de fisicamente recuperados.
Dentro do tratamento multidisciplinar, podemos lançar mão de medicamentos, acupuntura, fisioterapia, psicoterapia, exercícios físicos, entre outros. Os pacientes que não respondem a tratamentos conservadores e têm uma qualidade de vida inaceitável, são possíveis candidatos a tratamentos invasivos, entre estes os bloqueios anestésicos têm um papel importante, tanto no diagnóstico como na terapêutica. Em casos selecionados, podemos utilizar procedimentos terapêuticos mais específicos como, por exemplo, a utilização de radiofrequência. É importante ressaltar que hábitos saudáveis de vida como alimentação adequada, prática regular de exercícios físicos, controle de stress, cuidados com a postura, atividades de lazer, entre outros, podem prevenir as dores musculoesqueléticas e preparar nosso corpo para as atividades desgastantes do mundo moderno.