Texto | Denise de Oliveira Milbradt | Fotos | Divulgação
Os dias atuais nos impõem pouco tempo para cumprir todos os compromissos. Já não temos mais tempo para os filhos, mal dormimos e a precária alimentação tem levado a humanidade a adoecer. O Ocidente (constituído por países inspirados na cultura europeia) também tem o hábito da ingestão de comidas de preparo rápido, de grande teor calórico, além de altamente alergênico. Tudo isso causa uma série de desequilíbrios no nosso corpo, desequilíbrios dos quais nem sempre estamos cientes, embora convivamos com suas consequências achando algo normal.
A dieta ortomolecular surge como um novo olhar em relação a tudo aquilo que ingerimos no dia-a-dia. O prefixo orto significa corrigir e acertar, portanto, a proposta é reeducar-se. “Meu corpo não é local de lixo”, assim argumenta o nutricionista e responsável pelo programa em Cachoeirinha, Vilmar Pereira de Araújo. Com base na cultura Oriental, que prioriza a disciplina e a escolha dos alimentos baseado em cores e sabores, cada paciente passa por uma série de exames para identificar carências e excessos nutricionais. A partir destes resultados é estabelecido um tratamento personalizado, cujos resultados são acompanhados mensalmente. Mais do que perder peso, o resultado final é ganhar qualidade de vida.
Conforme o especialista, a alimentação inadequada é a responsável pela maioria das patologias, como a diabetes e o câncer. Na lista dos vilões ingeridos estão a proteína bovina, laticínios e seus derivados, além do glúten. Eles são mutiladores por serem capazes de desencadear alergias e intolerâncias diversas. Outro hábito danoso para a saúde é o consumo insuficiente de sais minerais e vitaminas, que acabam sendo substituídos por gordura e carboidratos. “Além de adoecer o corpo, ainda dão a sensação de que estamos sempre com fome. Um dos resultados é a Síndrome do Intestino Permeável, caracterizada pela entrada de moléculas não digeridas que acabam saturando o sistema imunológico”, explica Araújo.
A terapia ortomolecular tem a finalidade de repor minerais, vitaminas e corrigir e eliminar os radicais livres (que causam envelhecimento das células) no organismo. Das necessidades de ingestão mineral, dois deles devem ser repensados, em especial: o zinco e o cobre. Boas fontes de zinco são: sardinha, carnes, fígado, brócolis, ervilha, cogumelos, aveia, etc. Boas fontes de cobre: ostra, fígado, legumes verdes, soja, frutas secas e outras. Sua deficiência prejudica as ações enzimáticas, interrompe o metabolismo do ferro e altera a necessidade gustatória.
Durante o tratamento, cuja reeducação leva em média um ano, o nutricionista salienta que são sugeridos grupos e quantidades de alimentos que devem ser consumidos. Paralelamente, são prescritos medicamentos fitoterápicos manipulados. A sua indicação é apontada em exame de biorressonância, que também identifica as carências vitamínicas, minerais, etc.
Alimentos priorizados
A variedade alimentar é grande nesta dieta, mas há restrições que vão desde a forma como o alimento é cultivado até o tipo e a forma como ele é preparado. Os alimentos precisam ser o mais natural possível. Frutas e verduras livres de pesticidas e outros “venenos”, como fertilizadores.
Algumas proibições
•Leite de vaca
•Manteiga e margarina
•Carne vermelha
•Produtos industrializados
•Álcool
Vantagens
•A alimentação é o mais natural possível;
•Desenvolve hábitos alimentares saudáveis;
•Exige acompanhamento de um profissional, então você sempre saberá como está seu progresso e sua saúde de forma meticulosa;
•É uma dieta feita sob medida para suas necessidades.
Desvantagens
•Pode ser difícil de seguir já que você tem acesso fácil a produtos industrializados nos dias em que estiver na correria;
•Pode complicar na hora de preparar os alimentos para a família, já que seu cardápio é altamente individualizado, podendo pedir até que em determinados dias sejam necessárias dois pratos diferentes, um para você e outro para o resto da família.