Texto por Denise de Oliveira Milbradt | Fotos Divulgação
Uma doença inflamatória rara e de origem autoimune que pode atingir, severamente, músculos e pele. As manifestações na pele começam, principalmente, na testa e partes superiores das faces e no nariz (a conhecida mancha com a forma de borboleta) e a zona do decote em V, mas pode abranger qualquer parte do corpo na cor vermelha escura.
A dermatomiosite não tem cura, sendo por isso uma doença crônica. Porém, existe tratamento para controlar os sintomas da doença. Algumas vezes, ela ainda pode estar associada a algum tipo de câncer, como o de pulmão, mama, ovário ou próstata.
As manifestações clínicas são semelhantes em todas as idades. Habitualmente, as clínicas aparecem de forma lenta e gradativa (evolução subaguda ou crônica), sendo que em apenas 30% dos casos, o início é agudo. Mialgia, febre baixa, mal-estar geral, prostração, perda de peso, erupção cutânea e edema aparecem no início da doença.
O diagnóstico se dá com base no histórico e quadro clínico do paciente. A confirmação é feita por meio de diferentes exames de sangue que evidenciam aumento dos valores de determinadas enzimas musculares na corrente sanguínea, exames histopatológicos que mostram alterações características nos tecidos acometidos e alterações na atividade muscular avaliada com um instrumento denominado eletromiógrafo. Algumas análises especiais podem ser necessárias para descartar outras infecções.
Como não tem cura, o objetivo principal do tratamento é controlar os seus sintomas. Na lista de medicações restritas pelos especialistas estão os corticoides orais, a exemplo da predinisona. A maior parte dos adultos deve continuar utilizando a predinisona, em doses baixas, durante vários anos, ou por tempo indeterminado para evitar a evolução da doença. Já no caso das crianças, o tratamento deve ser interrompido um ano depois, desde que os sintomas não voltem a aparecer.
Tratamento experimental
Terapias biológicas – Rituximab (Rituxan), que esgota certo tipo de linfócitos (células B), foi estudado num pequeno número de pessoas com polimiosite e dermatomiosite e desenvolvido para melhorar a força muscular, o comprometimento pulmonar e as erupções cutâneas. O fator de necrose tumoral (TNF) inibidores tais como o etanercept (Enbrel) e o infliximab (Remicade) não têm se mostrado eficazes em estudos de pessoas com polimiosite ou dermatomiosite.
Terapias podem ser alternativas mais saudáveis
Fisioterapia – Um fisioterapeuta pode ensinar-lhe alguns exercícios para manter e melhorar a sua força e flexibilidade e aconselhar um nível adequado de atividade.
Fonoaudiologia – Se os seus músculos da deglutição estiverem enfraquecidos pela dermatomiosite, o fonoaudiologista poderá ajudá-lo a aprender a compensar essas mudanças.
Avaliação dietética – Devido a dermatomiosite, a mastigação e a deglutição podem tornar-se mais difíceis. Um nutricionista pode ensinar-lhe a preparar alimentos fáceis de comer.
Sintomas da dermatomiosite
•Fraqueza dos músculos dos braços, pernas e pescoço;
•Aparecimento de manchas vermelhas na pele, principalmente nas articulações dos dedos, joelhos e joelhos;
•Dor e inchaço das articulações;
•Aparecimento de inchaço vermelho-púrpura em torno do olho, nas pálpebras;
•Febre;
•Cansaço;
•Dificuldade em engolir;
•Dores no estômago;
•Vômitos;
•Perda de peso.