Texto | Denise de Oliveira Milbradt | Fotos | Divulgação
O ano de 2017 foi marcado pela mais longa greve realizada pela rede estadual de ensino. Foram 90 dias parados e muitos transtornos para recuperar o calendário. Nada, no entanto, inibiu a atuação dos jovens de Cachoeirinha num dos mais disputados vestibulares do País: o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Só na Escola Técnica Mascarenhas de Moraes foram dez aprovados. Fora os que investiram em curso pré-vestibular, que bate recordes em número de aprovações todos os anos.
O início do ano letivo da Ufrgs começou no dia 5 de março, mas para os dez jovens da escola estadual Mascarenhas de Moraes as aulas do ensino médio terminaram só no final de fevereiro. Nada que impedisse as comemorações de ter entrado numa universidade federal. Mérito deles, mas também de toda a instituição, que dribla as dificuldades da precariedade da infraestrutura com a falta de professores. A vice-diretora Eliandra Guedes conta que os resultados positivos devem-se ao fato de incentivar os estudantes a partir do uso de novos recursos para inovar e trazer boas práticas. “O aprendizado é um processo e leva tempo. A prática de exercícios, seminários e projetos político/pedagógicos visando a formação de jovens com um posicionamento crítico/social, a realização de simulados, participação em atividades promovidas pelas universidades pública e privadas, saídas de campo monitoradas é muito importante para o desenvolvimento de habilidades específicas e diversas. Mas esses resultados tão positivo se deve ao empenho e determinação dos alunos, e ao trabalho em equipe desenvolvido na escola”, detalha.
Mas, estudar em casa ou em algum curso preparatório focando nos objetivos faz muita diferença. Aos 17 anos e aprovada em Ciências Sociais na Universidade Federal, Louise Caroline Trindade Souza conta que, pouco antes de fazer as provas do Enem, ainda tinha dúvidas sobre qual curso escolher. Independente disso, admite que estudava para as provas todos os dias e ainda fez curso pré-vestibular. Como tinha mais dificuldade nas exatas, priorizou as revisões para matemática e química. A escola, segundo ela, ajudou e muito, pois nas provas caíram questões muito similares aos realizados em sala de aula. “Independente disso, ter foco e persistência são pré-requisitos para alcançar os nossos sonhos”, aconselha.
Gustavo Kaspary Moraes, 17 anos, também ex-aluno do Mascarenhas conseguiu a aprovação para o curso de Bacharelado em Filosofia na Ufrgs. O seu diferencial foi o cultivo do hábito da leitura, estudo diário e anos em escola de idiomas. Ele explica que, em casa, preparava-se com material oferecido pela escola, durante as aulas, além de outros complementares que, eventualmente, comprava.
Aulas dinâmicas e divertidas
Para quem pode investir, uma boa opção é o curso pré-vestibular Universitário de Cachoeirinha. Famoso pelos altos índices de aprovados na Ufrgs, só este ano foram 57 do total de 250 alunos. O diretor da instituição, Miguel Zuanazzi explica que o diferencial são por conta dos 40 anos de experiência; professores altamente qualificados e material didático adequado. Isso sem falar nos nove simulados, plantões de estudo, oficina de redação, além de palestras com temas atuais.
Matricular-se, no entanto, não é o bastante. Segundo Miguel, o candidato também precisa fazer a parte dele. “Começando pelo fato de não faltar às aulas e as muitas dinâmicas que são oportunizadas. Ao seguir todos os passos, o resultado só poderá ser o melhor. A prova é que muitos dos nossos alunos entraram para o curso mais disputado da Ufrgs, o de Medicina. Este ano, em virtude disso, vamos abrir uma turma só para futuros acadêmicos da área médica”, comemora.
Alunos da Escola Mascarenhas aprovados na Ufrgs
– Louise Caroline Trindade Souza;
– Gabriel Inhaia Santos;
– Gustavo Kaspary Moraes;
– Henrique Chris Rosa da Silva;
– Vítor Clemes Novakoski;
– Bruno Cavalheiro dos Santos;
– Christiane Ribeiro Pivotto;
– Bibiana Pereira Antunes;
– Eduarda Schena;
– Fagner Luiz Gimenez Mendes;
– Breno Kittler Gonçalves.