Em tempos de instabilidade econômica, é preciso pensar bem antes de gastar, principalmente se você for surpreendido com o desemprego. Especialistas alertam que, em virtude do atual cenário, as empresas estão passando por uma série de dificuldades e reajustando seus custos. São durantes esses ajustes que os funcionários correm o risco de serem mandados embora.
Ainda que a lei trabalhista lhe garanta uma série de benefícios, como FGTS e o Seguro Desemprego, não é recomendado depender somente da rescisão em tempos de crise. Por isso, especialistas aconselham preparação e organização das finanças para não ser pego de surpresa em caso de demissão. Confira algumas dicas:
Não dependa somente da rescisão – Em caso de demissão, é permitido retirar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), mais 40% de multa rescisória paga pela empresa e ainda há alguns meses de seguro-desemprego. Mas esse dinheiro pode segurar as pontas e resolver as dívidas mais urgentes, mas não é uma garantia de estabilidade por muito tempo. O FGTS, geralmente, equivalente a um ano de trabalho. Mas receber a quantia na prática pode não ser a mesma coisa que na teoria. O ideal é utilizar a quantia para liquidar as dívidas e, fazendo isso, você se livra das contas, mas já perde alguns meses de vantagem. O ideal é pensar no FGTS como um reforço na reserva que você conseguiu juntar, não como a única solução para os meses em que estiver desempregado.
Organize suas finanças e crie uma reserva de segurança – Tenha um planejamento financeiro para segurar as pontas por, no mínimo, mais 12 meses. Aliás, essa dica deveria ser praticada independente da situação do mercado.
Analise seus gastos e corte excessos – Quando começar o planejamento estratégico com o objetivo de criar a reserva poderá visualizar melhor todos os débitos. E esse é um bom momento para conseguir analisar se está gastando demais. Para a eficácia do seu controle, liste os seus gastos necessários, como aluguel, energia, telefone, compras mensais ou mensalidade escolar. E então encontrar os excessos de cada mês, que podem estar principalmente na fatura do cartão de crédito.
Reconsidere os gastos necessários – Segundo o especialista, alguns desses excessos que precisam ser cortados podem estar nos gastos fixos mensais. Sendo assim, dificilmente percebe-se que o gasto está sendo maior em determinados quesitos. Sempre há um reajuste que pode ser feito. Desde o descarte daquele produto desnecessário que compra no supermercado até a escolha de escola com mensalidade mais barata que tem a mesma qualidade de ensino para o filho.
Livre-se das dívidas – Quem quer começar uma reserva de segurança deve ter como prioridade um planejamento para quitar todas as dívidas. Se tiver sucesso nessa primeira etapa, poderá aproveitar melhor a rescisão em caso de demissão.
Não faça mais prestações – O momento de instabilidade não é propício para fazer prestações caras e de longo prazo, principalmente quem está no perigo iminente do desemprego. Então, o melhor é evitar mais compras e prestações.