Enquanto ter um antivírus para proteger o computador é visto como algo comum, poucas são as pessoas que têm esses programas em seu smartphone. Segundo uma pesquisa realizada pela Kaspersky Lab e pela B2B Internacional, 3 em cada 10 aparelhos com sistema operacional Android não têm nenhuma proteção contra malwares.
“As pessoas não consideram os celulares como computadores, mas eles são, pois atualmente eles têm a mesma função. Até as contas podem ser pagas pelo aplicativo do banco, por exemplo, e a senha fica registrada no aparelho. É preciso ter essa noção para evitar dor de cabeça”, afirma Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab.
“O Android acaba sendo mais visado, pois, além de ser mais popular, o Google Play não é tão criterioso quanto a Apple Store para permissão de alguns aplicativos”, explica Rovercy de Oliveira, especialista em segurança da informação da consultora Real Protect.
Confira abaixo cinco indícios de que seu smartphone pode estar infectado.
Débitos indevidos – Esse é o jeito mais comum e o que mais dói no bolso. “O trojan, malware mais comum, se instala no smartphone sorrateiramente e cadastra o número em serviços de mensagens para depois roubar o saldo da linha”, afirma Assolini. Muitos demoram para perceber a cobrança indevida. Como o vírus é silencioso, mesmo que o usuário abra o aplicativo de mensagens enviadas, não irá encontrar a assinatura.
Lentidão – Quando o smartphone começa a ficar lento para abrir aplicativos, ligar ou tirar fotos, o usuário pode desconfiar que o aparelho foi infectado. “Normalmente esse comprometimento acontece de forma rápida, tipo de um dia para o outro, e ocorre porque alguns vírus consomem muita memória do celular”, conta o analista sênior de segurança da Kaspersky Lab.
Telefone quente – Sabe quando você está assistindo a um vídeo e sente que ele fica quente? Então, os vídeos exigem bastante do processador gráfico, que esquenta o aparelho. Mas pouco tempo depois já volta a esfriar. Alguns vírus que exigem um processamento alto também podem esquentar o aparelho. “A diferença é que quando é por conta do vírus, o celular fica quente mesmo quando não é usado”, explica Assolini.
Problemas no navegador – Este vírus é semelhante ao de computador. Quando o usuário abre o navegador e tenta fazer uma busca, ele redireciona para um outro site. “A praga muda a navegação do celular, configura páginas iniciais que não foram solicitadas. É assim que os cibercriminosos ganham dinheiro, aumentando o tráfego e audiência de determinadas páginas”, explica Assolini.
Pop-ups indesejados – Alguns tipos de vírus fazem com que pop-ups de conteúdo adulto apareçam enquanto o usuário navega pela internet com o celular. Nem adianta clicar no ‘X’, pois o conteúdo aparece mais tarde. “Geralmente esse indício causa muito constrangimento, já que às vezes ele pode aparecer enquanto você está usando o telefone com alguém ao lado. É bem desconfortável”, afirma Assolini.