Prof. Saul Sastre
Diretor da Atitude3 Desenvolvimento em Gestão.
Doutorando em Administração
Falar em capacitação em um momento da economia onde a grande parte das empresas estão fazendo um esforço para preservar a prata da casa e não demitir, é um tanto quanto pretencioso. O cenário econômico foi nefasto em 2014 e se afirmarmos que a economia mundial andou pegando uma gripe, o Brasil está com pneumonia.
A impressão é que 2014 foi muito mais árduo e desafiador que em 2008, quando tivemos a crise econômica mundial, originária da crise imobiliária Norte Americana. Naquele período, muitos empreendedores se desfizeram de seus patrimônios intelectuais, dispensando alguns de seus melhores talentos, tudo em nome da sobrevivência. No final, quando o mercado aqueceu, tiveram que correr para recontratar e muita coisa foi perdida. Agora, é possível observar que houve um amadurecimento. Empresário bacana sabe que não pode e não deve demitir seus colaboradores, sob pena de perder competitividade nos próximos anos. Então, a saída é ir “aguentando” até as coisas melhorarem.
Mas para aquelas empresas que querem fazer diferença, o caminho é investir em RH estratégico e dentro do plano da gestão de pessoas, estão os projetos de capacitação, que são divididos em treinamento – aprender a fazer determinado ofício na empresa – e o desenvolvimento, que ajuda o colaborador a desenvolver habilidades e atitudes. Os dois, tanto o treinamento quanto o desenvolvimento, são importantíssimos para qualquer organização, pois elevam a capacidade produtiva de cada colaborador e tudo o que a moderna gestão nos dita é que, na era da inovação – inovação vem de pessoas, a empresa só irá bem se seus talentos humanos forem bem. Nesse diapasão, estar preocupado com os sonhos e ambições de cada pessoa que ocupa uma função na empresa, torna-se importantíssimo.
Os RHs estratégicos estão ai desempenhando uma função importante de alinhamento com o planejamento, a estratégia e a execução da estratégia. Quem executa as estratégias são as pessoas e quanto mais os colaboradores estiverem motivados e engajados na empresa, mais longe ela irá e da mesma forma, de nada adianta os melhores equipamentos se as pessoas que estiverem operando, não quiserem fazer diferença. Investir em colaboradores, tanto na seleção quanto no aprimoramento, é e será o grande divisor de águas da competitividade mundial.