O fruto de toque azedinho e visual peculiar tem arrecadado um crescente número de fãs. Nos últimos seis anos, o consumo aumentou 50% no País e com a recente introdução de uma nova variedade no mercado, o kiwi gold – de polpa amarela e sabor mais adocicado que o do verdinho tradicional -é de se esperar que ele amplie sua presença nas gôndolas e nas fruteiras.
Uma das principais virtudes do alimento é a sua alta carga de antioxidantes, substâncias que combatem danos e o envelhecimento precoce das células, fenômeno associado a um rol de males que vai de doenças cardiovasculares ao câncer.
Não é só o coração que agradece quando se abre espaço para o kiwi na despensa. O intestino também sai ganhando ao ingerir a fruta. Estudos mostram que as fibras do kiwi têm uma grande capacidade de reter água, auxiliando na formação do bolo fecal e equilibrando o trânsito intestinal. Além disso, ele conta com uma enzima chamada actinidina, que facilita a digestão das proteínas, além de melhorar a mobilidade intestinal. Não é por menos que quem sofre com a síndrome do intestino irritável, desordem marcada por dores abdominais, diarreia, constipação e uma alternância entre os dois quadros, deveria incluir o fruto na lista de compras.
É o que sugere uma pesquisa realizada na Universidade Médica de Taipei, em Taiwan. Foram recrutados 54 indivíduos com a síndrome e 16 livres da encrenca. Então, 41 pessoas com o distúrbio e todas aquelas saudáveis consumiram dois kiwis por dia, durante quatro semanas – as 13 restantes ingeriram cápsulas sem princípio ativo algum durante o mesmo período. Depois de analisar o número e as características das idas ao banheiro, os cientistas notaram que a ingestão da fruta esteve relacionada a um ganho geral no funcionamento do intestino e a uma maior frequência do número 2 entre os voluntários constipados.
Nessa linha, existem evidências de que a fruta ajuda a amenizar sintomas da diverticulite, outro mal por trás de constipação. Só cabe pontuar que, em casos do tipo, vale alinhar com o médico a quantidade de fibras por dia e não se esquecer da hidratação.
A quantidade ideal?
Ainda não há um consenso entre os experts. O certo é que a fruta pode entrar no cardápio sempre que possível. Nesse sentido, convém prestar atenção em algumas coisas durante a compra e o consumo. Primeiro: verifique se não existem rachaduras ou manchas na casca. Segundo: para descobrir se o alimento está maduro, basta pressioná-lo levemente com o dedo indicador. Se estiver um pouco mole, está no ponto. O kiwi vai bem sozinho, em sucos, vitaminas, saladas, vinagretes, como acompanhante de carne bovina e de carneiro, servindo inclusive para amaciá-las.
Diabetes – Outro grupo que tiraria proveito do alimento são os diabéticos, que por vezes até temem consumir frutas devido à sua concentração de açúcar natural. Mas, graças à abundância de fibras, o kiwi tem um baixo índice glicêmico. Isso significa que ajuda a balancear os níveis de glicose no sangue, uma das batalhas de quem convive com o diabetes. Essa mesma característica, aliás, faz com que a ingestão do fruto prolongue a sensação de saciedade – ponto para quem deseja ou precisa perder uns quilinhos.
Contra a insônia – Para quem busca noites de sono mais tranquilas a fruta é uma importante aliada. Em uma experiência publicada recentemente, 24 sujeitos foram convidados a ingerir duas unidades uma hora antes de cair na cama. O expediente foi repetido durante quatro semanas. Resultado: melhora no padrão do sono do pessoal. A explicação pode estar associada ao fato de o kiwi ser excelente fonte de magnésio.