| Guilherme Andrade
Advogado – OAB 69841/RS

O direito do trabalho é visto pelos empresários como um obstáculo no crescimento dos negócios. O elevado número de leis trabalhistas vigentes no ordenamento jurídico, aplicadas sempre levando em consideração o princípio protetivo ao empregado, pode originar um passivo trabalhista e obrigar a empresa a destinar recursos para fazer frente a estes gastos, deixando, assim, de direcionar recursos para investimentos, criações de novos postos de trabalho e tecnologia.

As empresas estão sujeitas a riscos de diversas naturezas, que são inerentes à atividade. É inegável que diante de cada um desses desafios o empresário necessita implementar mecanismos para a administrá-los. A inércia, o desconhecimento ou desmerecimento de qualquer tipo de risco que envolve um empreendimento, pode, sem dúvida alguma, interferir de maneira determinante na sobrevivência e crescimento do negócio.

O passivo trabalhista não deve ser temido. O empresário deve conhecê-lo, compreendê-lo, administrá-lo e desenvolver práticas preventivas com a ajuda de um profissional da área.

Com a aplicação destes conhecimentos juntamente com um planejamento estratégico preventivo a empresa terá condições de criar ferramentas e implementar controles de acordo com as peculiaridades do seu direcionamento de gestão, que serão aptos a minorar ou excluir situações enfrentadas diariamente, que gerem demandas ou débitos trabalhistas.

Efetuando um estudo, como por exemplo, análises e pareceres jurídicos sobre situações reais, a empresa poderá adotar condutas seguras para corrigir os problemas detectados ou para eliminá-los definitivamente. Por isso, é fundamental o trabalho preventivo.

A empresa conhecendo e trabalhando para controlar o passivo trabalhista identificando os riscos, dentre tantos outros inerentes ao negócio e se dedicando a administrá-lo, não deve evitar ou preocupar-se com o enfrentamento de uma demanda trabalhista.