• Por Lisandra Pinho Gomes Campos | Psicóloga | CRP 07/15396
A Síndrome do Pânico é um transtorno psicológico caracterizada pela ocorrência de inesperadas crises de pânico e por uma expectativa ansiosa de ter novas crises. As crises ou ataques de pânico consistem em períodos de intensa ansiedade, geralmente com início súbito e acompanhados por uma sensação de catástrofe iminente. A frequência das crises varia e geralmente permanece por alguns minutos.
A causa pode ser o estresse, que é um dos principais causadores dessa síndrome, sendo responsável por 80% dos casos. Outros fatores são as drogas, que vão desde os “energéticos” (na realidade estimulantes do sistema nervoso), até evidentemente as drogas ilícitas. Abusos de medicamentos, doenças físicas e, é claro, predisposição genética também são observados como causadores.
As pessoas com síndrome do pânico têm pelo menos cinco dos seguintes sintomas durante um ataque:
• Dor no peito ou desconforto
• Tontura ou desmaio
• Medo de morrer
• Medo de perder o controle ou de uma tragédia iminente
• Sensação de engasgar
• Sentimentos de indiferença
• Sensação de estar fora da realidade
• Náuseas ou mal-estar estomacal
• Dormência ou formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto.
• Palpitações, ritmo cardíaco acelerado ou taquicardia.
• Sensação de falta de ar ou sufocamento.
• Suor, calafrios ou ondas de calor.
• Tremores
A partir da primeira crise de pânico é comum o medo e a ansiedade antecipatória de ter outra parecida. A pessoa passa a ter medo de sentir medo e começa a restringir alguns locais ou situações que possam colocá-la novamente em pânico, é o que chamamos de fobia.
Além desta ansiedade e de várias fobias, a pessoa com pânico também se preocupa em evitar lugares cheios demais ou muito fechados que a impeçam de fugir se precisar de ajuda imediata, gerando a agorafobia.
Muitas vezes o portador de pânico pode ser visto como uma pessoa medrosa e fraca, deixando as pessoas a sua volta sem muita paciência, principalmente se já foram feitos vários exames e nada foi detectado. Daí a importância de estarmos conscientes desses sintomas e procurar um diagnóstico para entender melhor o que se passa com essa pessoa e incentivá-la à buscar um tratamento adequado, pois sem ele a pessoa fica incapacitada de realizar qualquer atividade.
No tratamento da síndrome do pânico, são utilizados medicamentos para a crise, habitualmente antidepressivos, acompanhado de Psicoterapia. Para esse transtorno, no momento, uma das terapias mais indicadas é a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), que com técnicas e métodos personalizados, visa capacitar o paciente a entender e controlar seus sintomas, unindo rapidez e eficiência para a cura dessa doença.