Texto por Roselaine Vinciprova | Fotos Divulgação
A alimentação não representa apenas a saciedade da fome, mas sim tem uma caracterização social, cultural e simbólica. Isso explica porque nunca houve tanta fartura de alimentos, ao mesmo tempo em que a população se alimenta de forma tão errada. A carência de nutrientes e vitaminas era vista há poucos anos como um problema das classes mais baixas, entretanto hoje essa anomalia nutricional está presente em todas as camadas, com a inadequação de hábitos alimentares. A obesidade, doenças crônicas, hipertensão arterial, câncer, diabetes, entre outras são os graves problemas do mundo. Para o engenheiro químico e especialista em exames alimentares, Rafael Carvalho, a alimentação é algo muito mais importante do que a maioria das pessoas imaginam. “Saber o que comer é o diferencial entre uma pessoa saudável e o início de uma doença. Cada um escolhe o seu caminho”, revela o engenheiro.
O corpo humano é uma sintonia perfeita entre seus órgãos, enzimas, células e os únicos combustíveis são a alimentação e a água. Numa comparação grotesca, se o carro for abastecido com outra coisa que não a gasolina, ou se ela for misturada com outros ingredientes, ele não vai funcionar ou vai apresentar problemas para rodar. A rotina estressante e busca por respostas rápidas, faz com que cada pessoa perca a ligação com o seu corpo. Uma simples dor de cabeça indica que algo está errado e não que é momento de tomar um analgésico.
As doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes mellitus e hipertensão arterial, já representam uma taxa de 5 a 9 vezes maior de morte prematura que as doenças transmissíveis. Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia apontam que 80% da população adulta é sedentária e que 52% dos adultos brasileiros estão acima do peso, sendo 11% obesos, o que explica o aumento da morbidade e mortalidade, já que a obesidade é fator de risco para várias doenças crônicas não transmissíveis.
A alimentação saudável é o primeiro passo para se ter mais qualidade de vida disposição e viver mais. Por suas particularidades cada corpo pode reagir de forma diferente a certos alimentos. As mudanças pontuais implantadas pela indústria alimentícia em busca de matérias primas mais baratas, que deem um aspecto mais bonito aos alimentos e aumento da produtividade fez com que muitos alimentos perdessem as suas propriedades nutricionais. Ao ingerir alimentos cada corpo reage de forma diferente. Descobrir quais são os alimentos alergênicos, ou seja, intolerantes, e, portanto incompatíveis, pode ser um dos segredos para desenvolver menos doenças e alcançar a tão sonhada qualidade de vida. Conforme Rafael Carvalho, todas as pessoas têm incompatibilidade alimentar, porém com intensidades e reações diferentes. Para que ocorra uma reação alérgica as proteínas ou outras moléculas, o alimento deve ser absorvido pelo trato intestinal, interagir com o sistema imune e produzir uma resposta. Essa interação do sistema imunológico é medida pela imunoglobulina E (IgE), um tipo especial de anticorpo que provoca a liberação de histamina e de outros mediadores alérgicos a partir de diversas células do corpo, quando estas são estimuladas por antígenos específicos. A IgE está ligada a alergia imediata e IgG e IgM a tardia.
Rafael salienta que as pessoas devem ficar muito atentas as alergias tardias, porque são bem mais difíceis de serem identificadas, podem aparecer de três horas a quatro dias depois da ingestão. “Devemos deixar claro que todos os alimentos incompatíveis, assim que ingeridos geram um processo inflamatório no organismo podendo ser revelado através de sinais e sintomas dos mais diversos órgãos e tecidos”, conta. São esses alimentos que geram um processo inflamatório que pode se transformar em doença, ou até mesmo abalar a imunidade de cada pessoa para que a doença se instale. Essas doenças e sintomas podem se manifestar como obesidade, inchaços abdominais, excesso de gases, refluxo, azia, constipações, fadigas musculares, insônia, doenças do sistema respiratório (rinite, sinusite, otite, asma), alterações no peso (obesidade ou perda de peso), problemas de pele (escamações, coceiras, dermatites, psoríase), ansiedade, hiperatividade, déficit de atenção, depressão, artrite, doenças autoimunes, dor de cabeça, aborto espontâneo ou dificuldade para engravidar.
Um estudo do Centro de Prevenção de Doenças (CPD) demonstrou a incidência de alergias alimentares no mundo cresceu 50% de 1997 a 2013. Entre as crianças, a situação é ainda pior: na China os casos dobraram, na Europa subiram 700% e no Brasil 2 milhões tem algum tipo de alergia à comida. Em 1953 o médico e físico Reinhold Voll trabalhou por 25 anos desenvolvendo uma técnica para identificação das alergias/incompatibilidades alimentares. A técnica de bioressonância começou a ser divulgada em países como Alemanha, Espanha, Portugal, EUA e França. No Brasil chegou em 1993 pelas mãos dos doutores Efrain Olzwever e José Arnaldo Gaertner. A partir de 2000 ele começa a ser tema de congressos. Também conhecido como Vega-test é um aparelho que usa a ponte de WheatStone como seu princípio, na qual pressiona-se os pontos de acupuntura passando uma resistência de 9 ohms, aplicada sobre esses pontos pré-selecionados pelo profissional. “O paciente está em circuito com o aparelho e o resultado é lido em um painel galvanômetro, na qual passa uma corrente elétrica ligada a uma “colmeia” que estão os frascos com soluções de diluições homeopáticas, dos exames a serem realizados que servem de referência. Tudo isso é feito de uma maneira não invasiva, de forma rápida e segura para detectar a gravidade do problema do alimento incompatível e atuar consequentemente na prevenção e também tratamento de várias doenças crônicas graves”, revela Rafael. O exame é complementar e solicitado por médicos de diversas especialidades para auxiliar na indicação de uma dieta personalizada.
Rafael Carvalho realiza testes de bioressonância desde 2002 e tem catalogados mais de 15 mil avaliações. “Minhas respostas e evidencias são as mais claras e diferenciadas possíveis. Cada indivíduo tem seu laudo e restrições alimentares específicas. Temos que estar conscientes que alimentos ditos comuns podem sim provocar intolerância. Não existem alimentos inofensivos. Leite, carne, ovo, abacaxi, maça, tomate, batata doce podem sim serem nocivos. Descobrir o quanto antes esses alimentos inflamatórios é fundamental para o organismo ficar sadio”, conta. No teste são avaliados mais de 110 alimentos dentre eles frutas, verduras, sementes, oleaginosas, leites e derivados, carnes, farinhas, ovo, glúten, cevada, peixes e batata.
Vegatest ou Bioressonância Eletromagnética
O que é? É um teste para detectar a deficiência de vitaminas, minerais, possíveis alergias alimentares e presença de elementos tóxicos no organismo. Desta forma, pode-se tratar e prevenir muitas doenças de forma segura.
Como funciona? O exame é indolor e realizado no próprio consultório. Possibilita o diagnóstico das possíveis reações no corpo causadas por alimentos. Essas reações podem estar desencadeando sintomas variados como excesso de peso, compulsão alimentar, rinite, bronquite, gases, má digestão, queda de cabelo, constipação (prisão de ventre), diarréia, azia, acne (espinhas), pele desidratada, insônia, fadiga, falta de energia, depressão, ansiedade, irritabilidade e outros.
Com duração aproximada de 60 minutos, o exame é feito através de pontos específicos nos dedos da mão. A pessoa deve estar na condição normal de saúde, ou seja, sem febre ou enxaqueca. Após uma semana, o paciente recebe o laudo com os alimentos aos quais ela é reativa, possíveis intoxicações, doenças presentes ou futuras, deficiências de vitaminas e minerais.