Texto | Denise de Oliveira Milbradt | Foto | Divulgação
Seja para remover o excedente de pele após uma cirurgia de redução do estômago, seja para ficar ainda mais linda após a chegada dos filhos, a abdominoplastia é o sonho de consumo de muitas pessoas. A cirurgia plástica de nome de difícil pronúncia tem como principal objetivo a retirada do excesso de pele do abdômen e a gordura que fica embaixo. Entende-se por região abdominal aquela localizada abaixo do umbigo, justamente o local de maior incidência de gordura localizada e das maiores reclamações femininas. O procedimento, no entanto, pode custar de R$ 10 mil a R$ 15 mil, dependendo do local, dos profissionais envolvidos e da necessidade de outros procedimentos cirúrgicos.
A cirurgia consiste no resgate da musculatura, diminuindo a flacidez da barriga e deixando-a lisa. Além disso, dá para remover estrias e cicatrizes maiores desta região. Mas, para o sucesso do procedimento é de suma importância a escolha de um médico especializado em cirurgia plástica, preferencialmente membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que atesta a qualidade dos profissionais da área.
O cirurgião plástico de Cachoeirinha, Rodrigo Alano Sffair (CRM RS 33511) conta que indica a abdominoplastia em toda e qualquer situação que resulte no bem-estar do paciente, seja ela para fim reparador ou estético. Antes são avaliadas as condições de saúde e certifica-se que é uma decisão individual. “A cirurgia plástica deve ser uma decisão do próprio paciente. É para ele se sentir bem, elevar a autoestima”, sugere.
O médico também explica que todo procedimento cirúrgico oferece riscos, ainda que reduzidos pela escolha de local equipado, com profissionais experientes e qualificados. A escolha da anestesia também dependerá de paciente para paciente. Se as condições de saúde são excelentes e não há grau elevado de ansiedade é possível optar-se pela peridural (feita diretamente na coluna e bloqueia a dor e as sensações da cintura para baixo) ou a geral, indicado ainda se for feito outro procedimento estético concomitante.
A abdominoplastia é um procedimento relativamente rápido, porém requer internação e pós-cirúrgico hospitalar de, pelo menos, 6 horas. Em casa, segundo o cirurgião plástico, a recomendação é movimentar-se menos nos próximos 15 dias, evitando a volta da rotina antes deste período. Além de dormir de barriga para cima, tomar medicação prescrita pelo profissional, orienta-se pequenas caminhadas pela casa, nunca o repouso absoluto. Rodrigo Sffair alerta que ficar totalmente parado implica consequências perigosas. A principal delas é a trombose, que pode levar ao óbito. “Os riscos são mínimos se as orientações médicas forem seguidas e…o resultado final será fantástico”, destaca o cirurgião plástico.
Dúvidas frequentes
Recuperação – A recuperação total da cirurgia demora em média dois meses e requer alguns cuidados, principalmente com a postura, sendo fundamental não fazer esforços durante esse período e usar uma faixa abdominal. É comum surgir dor no abdômen e hematomas nas primeiras 48 horas.
Gravidez – O cirurgião plástico Rodrigo Alano Sffair alerta que o ideal é realizar o procedimento quando não há intenção de engravidar ou para mulheres que já realizaram laqueadura. Mas, se o procedimento for necessário, recomenda esperar até três anos após a abdominoplastia. Tudo porque na cirurgia os músculos são costurados e, quando ocorre a gravidez podem se romper. “Ainda assim acredito que o corpo humano seja bem mais forte do que um fio cirúrgico”, defende.
Principais riscos
– Acúmulo de líquido na cicatriz – Chama-se seroma, o acúmulo de líquido exatamente no local da cicatriz, que geralmente surge quando a pessoa não usa a cinta, o que faz com que o corpo tenha mais dificuldade em drenar o excesso de líquidos naturalmente produzidos após a cirurgia.
– Hematomas no abdômen – É mais comum quando se faz a abdominoplastia e a lipoaspiração juntas, porque a passagem da cânula por baixo da pele pode romper pequenos vasinhos de sangue, que permitem seu extravasamento, formando as marcas roxas que se tornam bem visíveis na pele de algumas pessoas.
– Perda da sensibilidade – É comum depois de qualquer cirurgia a pessoa apresentar uma menor sensibilidade da pele ao toque nos locais próximos a cicatriz e por onde a cânula de lipoaspiração passou. No entanto, com o passar dos meses volta ao normal.
– Trombose ou embolia pulmonar – Estas podem ser as mais graves complicações de qualquer cirurgia e acontecem quando um coágulo de sangue se forma no interior de uma veia e depois passa pelos vasos sanguíneos e chega ao coração ou pulmão, impedindo a chegada do ar nesse local.
Sinais de alerta para ir ao médico
• Dificuldade em respirar;
• Febre;
•A dor não passar com os analgésicos indicados pelo médico;
• Tiver o curativo totalmente manchado de sangue ou tiver a cor amarela ou molhado;
•Tiver o dreno cheio de líquido;
• Sentir dor na cicatriz ou se estiver com cheiro ruim;
• Se o local da cirurgia estiver quente, inchado, avermelhado ou dorido;
• Estiver pálido, sem força e se sentir sempre cansado.